Dentro desse bus eu sinto
O universo em movimento
Tão notório quanto sádico
Nos meus olhos pus silêncio
Pra ver o eu virar o nosso
Como areias nesse vento
Como o grito de um pequeno
Dizendo que tudo posso

Como aquela que diz ergue a cabeça
Mete o pé na fé vai na leveza
E quando tudo te tentar pesar
Pensa na força da tua reza
Não importa pra Nitsche ou pá tua deusa
O que importa é o tamanho da certeza
E o difícil que era gigante
Fica mais fácil que inundar Veneza

Então vai lá
Baila que eu quero te ver
(te ver, te ver, te ver)
Então vai lá
Vai lá, que tive que ver (que ver)
E viver (e viver)

Eu não quero minha sorte num plano fútil
Quero os meus braço num solo fértil
Doce sustento se sentir útil
Doce sustento se sentir útil
Não se alcança nada correndo mudo
Por isso eu vivo gritando cego
Sou teu filho, absurdo
Farpas e flechas de um som profundo

Esse quebra cabeça me prega peças
Deposito o que sinto na pele (sinto na pele)
O tato dessas cores são odores de um ácido leve
Como a vida e seus amores
Nada é certo, tudo é breve
Então por favor, por essa noite
Deixa eu ser e só me segue

Então vai lá
Baila, que eu quero te ver
(Gostosa!)
Então vai lá
Vai lá que tive que ver (que ver)
E viver

Cê pode achar isso aqui tão vulgar
Mas faço o que posso pra lutar
Meu traços e tintas são fugas

Cê pode achar isso aqui tão fugaz
Talvez até possa se afogar
Suas pedras são pesos pra julgar

Cê pode achar isso aqui t-t-tão vulgar
Mas faço o que posso pra lutar
Meu traços e tintas são fugas

‘É... É isso aí
Muita estrada feita
Muita estrada por fazer
Muitas coisas acontecendo
Muitas coisas por acontecer...
E feliz é aquele que pode fazer isso’

E sim deixei de ser o que não sei
E não vou mais dizer que sou
Algo atroz, algo atrás
Pra ser sei lá algo que vou