Verso 1 (Guto Gomes)

Todo dia eu penso mano... Eu preciso parar
tudo flui, mas do jeito que tá já não da eu não sei mais qual rumo tomar
tô bebendo Campari sozinho, assistindo TV e jogado sem roupa no meio do sofá
já tentei te ligar, mas prefiro esquecer, viro mais uma dose pro corpo esquentar

Boto o tênis e parto pra rua, não era disso que eu precisava
eu procuro resposta pra tudo, o problema era tudo que me perguntavam
era o mundo que me rejeitava, eu com a dama mais gata da festa
quero a mina mais rata da pista e a bebida descendo igual tiro na testa

Os menor só falando de rap, e ai quando lança o CD?
Eu te vi com uma mina, num clipe bolado, mas juro não era você
tu mudou quando tocou na rádio... Meu mano eu mudei, mas sou eu
vou tocar onde for pra tocar e te juro, essa porra é só problema meu

tô dirigindo sem rumo pro nada, foi se o tempo que eu me preocupava
sempre fui um playboy pros fudidos e fudido pros playbas que me criticavam
mas eu sempre fui Rap no game, antes disso ser game no Rap
antes disso ser rima flipada e plágio de gringo em beat de Trap

Refrão (Sérgio Dall’orto))
Pensei que me ver resolvia, estranho ter saudades de mim
marquei um encontro comigo, eu não posso faltar, hoje eu preciso ir
então, não me espere meu amor, talvez eu nem vou.

Verso 2 (Guto Gomes))
Hoje em dia eu fugi do contrato, antes não investiram um real
quando viram que tinha futuro neguinho já colou me achando legal
procuraram da Universal, esqueceram do meu universo
quanto vale isso tudo em grana se não vale a merda de um beat em um verso

A Zo é pequena pra mim, eu não vim pra tretar com vocês
vocês querem moral das novinhas eu já tenho essa porra dês dos 16
To correndo na frente do jogo, e neguinho querendo minha ex
chama ela pra ir no meu show que eu canto a que ela se amarra em homenagem a vocês

tô no front e não tenho mais medo, eu não tenho segredo, é só rima
ela diz que se amarra na minha e ouviu o meu som só pra entrar no clima
eu tô vindo pesado nas barras, pra mostrar pra vocês o que eu penso
se preocupa com tudo que eu falo meu mano e se caga se eu fizer silêncio
Refrão (Sérgio Dall’orto))
Pensei que me ver resolvia, estranho ter saudades de mim
marquei um encontro comigo, eu não posso faltar, hoje eu preciso ir
então, não me espere meu amor, talvez eu nem vou

Verso 3 ( Sérgio Dall’orto)

A enchente é como gente que vem tentando mudar o meu fluxo
ganhei o direito de usar essas lágrimas quando fui salvar o mundo
a pior desculpa pra se acovardar é achar que nada pode ser feito
no passado eu quase sempre fui a causa mas talvez o meu futuro vá mostrar o meu efeito

Sentindo saudade de mim, agora entendi o que elas sentiam quando eu decidi partir
algum eu meu mudou daqui, saiu... Foi encontrar comigo...

Refrão (Sérgio Dall’orto))
Pensei que me ver resolvia, estranho ter saudades de mim
marquei um encontro comigo, eu não posso faltar, hoje eu preciso ir
então, não me espere meu amor, talvez eu nem vou