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Paroles de Lágrimas e Crisântemos, Jovem Insólito

Interprète Guto

Paroles de la chanson Lágrimas e Crisântemos, Jovem Insólito par Guto lyrics officiel

Lágrimas e Crisântemos, Jovem Insólito est une chanson en Portugais

Alinhando arrependimentos
Escafandro na pele
Submerso no ego
Que mastiga e devolve tudo que é impuro
A imperfeita ranhura
Vaga pelos lamentos
Desse ser procurando paciência
Pelos bares inóspitos
Repletos de angústia
Desarmando cada ataque do cinismo
Cabisbaixo, mas atento
Laminado, corta o vento
Enquanto ora por afeto

Tonalidade pútrida
Que já se foi há anos
Penumbra num dia quente
Perambula flutuante
Pisando em uvas
E tombando em espinhos
Que um dia foram pensamentos turvos
Como a vista emaranhada
Suplicando pelo toque
Amparado pela haste
Circulando pelo sangue
Emergido tal faísca
Que afugenta quem conhece
Louva à sombra, fecha portas
Cobre os olhos, adormece
Enquanto ensaia contra os males

No deserto do mistério
Tão gelado
As imagens
Do passado
Do presente
Os meus erros
Olham torto
De soslaio
E nem me percebo

Admiro quem sobrevive
Mas logo estranho
Caio no engano
Esquivo dos sonhos
Quase nunca ganho
Pois tudo desaba
Apenas escombros

Saltei sem paraquedas
Queda livre
Bosques e riachos
Não carrego crucifixo
Crente no que desejo
No que esgueiro
No que analiso
E capturo no limbo

Enfrento meu reflexo
Sugando o vazio
Corroendo as entranhas
E abrindo caminho
Que na água se mostra
Me afogo na crosta
E ressurjo tão limpo
Guerrilhando sozinho

Percorrendo a lamúria desgraçada
Dou risada do que vejo
Acho fraco/frágil
Bato nessas teclas
Cuspo aço
Se me encontro na esquina
Pouco ligo, só acordo
Recomeço, tudo brilha: muito claro
Muito caro, tão incerto
Mas prefiro a certeza
E a calma do silêncio
Berro, logo penso
Tempos, ventos, vendavais
Que rasga a carne da minha alma
Tudo volta, tenho calma
Ramifico, desabrocho
Me renovo tal um cosmo
Mas repito, regurgito
Filmes que assisto
Crimes e castigos
Falo pouco: vivo
Nas veredas do espelho
Só confirmo o medo
De quem morre cedo
De quem dorme cedo
Pra sofrer no outro dia

Pra cada espada
Outra dose, outro corte
Mas de longe observo
Beiro o lago
E me banho com hibisco

Faria um chá com o que penso
Tomaria alguns copos
Jogaria fora o resto
E choraria 4 rios
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