Poeta: Deixei-a para sempre, sinto-me atual longe da apassionata.
Icar:Pisas de novo a terra, madrasta maneira, eterna passageira.
Poeta: Renovo-me na rua.
Icar: É o país da gramática, uma pobre língua de palavras gostosas.
Poeta:Ainda guardo a esperança trágica de vê-la.
Icar: Voltas a essa mulher como um criminoso.
Poeta:Porque sou culpado.
Icar: Deixaste-a?
Poeta:Fui andando cada vez mais ao lado das estrelas e ela ficou no meio da música.
Icar: Estás marcado por ela.
Poeta:Ela é a caverna do indivíduo onde me acolho sem nada esperar, sem nada desejar.