Giro a chave, baixo o vidro no meu Chevy Impala
Sigo lento sentindo o vento bem leve, a mala
Com uma Benelli M3 de breve escala
Todos sabem, pois meu nome só se escreve a bala
Muitos somem, comigo quem se atreve é vala,
Se cala, tua fala vale se não deve pala.
Vi a morte de perto, tava certo meu terno
cresci no inferno e o demo é frio feito neve rala
Congela aos poucos, aprendi vendo quem vende entende
E o quanto rende aprende…
Levei a condôminos de alta classe
Peguei o domínio da pauta ainda peralta na face
Exímio estrategista, atrás das notas
Atrás das rotas, fiz minhas cotas em grande escala
Hoje o mundo me nota Gori
Andando nas ruas de Chevy Impala

Otários querem luxo sem saber o preço
Outros querem apreço e acabam no lixo
Esvaziei cartucho quando bicho pega
E quem não se entrega sempre pega o bicho.


Muitos meterem os pés pelas mãos
Acabaram sem pés sem mãos
Caídos com fés no chão
O jogo o viés é ser racional e bruto
O salvo conduto é de um a cada dez irmãos
Sinto muito a frieza meu mano,
Mas o mundo me forjou assim
Me queriam submisso e eu subversivo
No banco vermelho Carmim… Chevy Impala