(Intro)
Ei, ei
Dá mais um espacinho de beat aí pra mim
Por favor?
Boa, agora assim
Vamo lá

(Verso 1)
Se tu vens vai me ver animado
Eu não penso mais de um jeito quadrado
Tento ser fora da caixa, então tô encaixado
O meu destino só eu tenho guiado

Puxei as rédeas e domei esse cavalo
Construí prédios pra te levar no embalo
Fiz promessas, peripécias e em estalos
Vi que nada disso aqui é pago

Tô por mim, e me sinto bem assim
Sinto a carinhosa mão de Deus
Que me mantém, bem longe do fim
E perto dele eu que busco o Apogeu

Isso é serviço, é serviço, não é meu
Me sinto feliz, mesmo preso nesse túnel
O gosto é bom, mas amargo como fel
Te digo isso pra mostrar como é incrível

E eu sigo nessa, pois não tenho alternativa
E seguirei, enquanto a alma tiver viva
O meu corpo segue sendo instrumento
E as barreiras da mente eu quebro com tempo

Se eu quebrar, e ficar nessa penumbra
Eu acredito que ele me segura
Se eu cair, nada mais me desconjura
E sem coragem eu só vivo com ternura

Nas minhas bases eu encontrei minha loucura
Mergulhei fundo nesse meu querer incerto
Apostei na minha intenção mais pura
Pra não dizer que eu não sei o que é correto

Se tô errado, pai, peço que me mostre
Se eu errar, que a causa seja nobre
Se eu não souber, que eu possa enxergar
E se eu não coube, que eu só pare de tentar

(Refrão)
Se o teu jeito que não dá pra entender
Insisto nisso e vou até o sol nascer
Eu perco o sono mas não paro de correr
Pra ver tu, eu vou até o Sol nascer

Eu renasço e me destruo a cada dia
Confesso que em ti depositei minha alegria
Não faz falta, mas que falta que faria?
Não te conhecer, seria covardia