(Verso 1)
São tantos anseios
Nem sei por onde que eu começo
Fiz da vida meu recreio
E o presente um regresso

Num eterno recomeço
Com as cartas que eu entrego
Prendo o fluxo, pago o preço
Por querer o que eu não quero

Me pergunto o que é o mundo?
Uma pergunta sem resposta
Na minha mente eu me afundo
E nela que eu me encontro

Se ela vem, eu vou com tudo
Já falei em outro som
Nós vamos dominar o mundo
Ao menos essa é a intenção

Com as voltas que tudo dá
Enxerguei a incoerência
E parei de controlar
Resgatei a minha essência

Tem coisa, não dá pra explicar
Aceitei essa premissa
Mas se der, eu vou buscar
Se eu puder, eu vou conquistar

Eu só quero é ser feliz
Tá rodeado dos meus bons
O que eu quero e sempre quis
É honrar esse meu dom

Eu e ela na areia
Queimando na luz do sol
Eu tô preso na tua teia
Fui fisgado pelo anzol

(Refrão)
Madrugadas em claro
Várias noites sem dormir
Dizem que é talento raro
Eu que não vou insistir

Mina, teu sorriso é caro
Quero dele usufruir
Meu desejos eu não espero
Tô pronto pra construir

(Verso 2)
Tô pronto pra instruir
A mim mesmo, a entender
Que só depende de mim
Os outros não vou exercer

O meu controle, minha dinâmica
Deixei de lado a prepotência
Essa maldade insana que
Poluiu minha existência

Agora, me sinto outro
Torço pra que seja a vera
Não me sinto mais um louco
Preso na mesma esfera

Quero expandir os horizontes
Dar aquele olhar sincero
Esquecer do que foi ontem
Colorir de amarelo

Ver esse céu tinindo
Minha expectativa é alta
Eu até vou, mas vou fluindo
Pra não ver a fé frustrada

Eu confio muito nEle
Sei que tens algo pra mim
Pois eu já senti na pele
Seu cuidado, os seus fins

Parei de olhar pro meio
E tentar fazer conserto
Me livrei desses anseios
Respirei fundo, o medo

Ajo mais com o coração
Ajo na minha verdade
E guardei nesse refrão
Minha cura pra vaidade

(Refrão)