Entre Pés e Pás est une chanson en Portugais
[13:45, 30/10/2018] Beluca: O que sou?!
É o que vale a descoberta.
Tem noção, de que quando falhamos altera a percepção e tudo reflete, principalmente em quem amamos?!
O que sei?!
É que não sabemos nada.
Se a vida é um baile, vivemos.
Tão natural quanto o ser humano, fala muito sobre o que sabe menos.
Somos o espelho do mundo, e muita gente se vê em seus olhos
Olhares não mentem, é tudo o que somos depois da janela
E tudo o que sempre fizemos foi fechar esses olhos
Cada lágrima traz consigo o peso que em si, cabe
Fomos aquele samba profundo, enquanto tudo nos acometeu
Não se sente a dor na cor do que os olhos vêem
E tudo o que sempre teremos será o agora
Por mais que o agora passe e o que é sempre, sempre acabe
Andamos por ruas as quais não sabemos pra onde nos leva
Fazemos de bares, lares. Além de escolhas que não valem a pena.
Mas apesares de, seguimos...
[13:45, 30/10/2018] Beluca: a dor que já me desfez em lágrimas foi a mesma que refez luta
Travei guerras, internas, externas...
Percebi que aprendi, muito mais com lástimas
Entendi, que precisaria ser forte, pra muito mais que me vestir de luta.
Arei terras, imersas, extremas...
Vi que abaixar a cabeça, me tornaria menor perante meus medos, que se tornariam maiores conforme eu os alimentava...
Ouvi que erguer a cabeça, me tornaria maior perante meus medos, que se tornariam menores conforme eu os enfrentava...
É sobre sonhos... Ou simplesmente aquilo que te faça caminhar...
Erros fazem parte, mas não são máscaras ou esconderijos...
Mesmo que ainda sejamos espelhos. A alma é vida. Viva.
A alma vibra, e grita, cê consegue ouvir?!
Abra os olhos.
Os erros são meus. São seus.
Mais que palavras, esses, são versos nossos.
[13:46, 30/10/2018] Beluca: Hoje a vontade de chutar o balde, supera a de chegar com pé na porta.
Mas a questão são os passos dados, não o quanto a perna é torta.
E sem precisar meter o pé daqui com o rabo entre as patas...
Escolhemos o pé entre as mãos, sem saber, se era certa ou errada a direção da caminhada.
Mas aqueles, aqueles são pés de pás, que não pede paz, apenas é a paz que existe em si.
Pés de moleque arisco, sonha alto como aquele conto dos pés de feijão.
Mas os pés na cova, cavada por pás, cortam dos pés as asas pra não deixar ir...
E uma coisa arrisco, sem pés de jaca mas com elas nos pés
Fizeram de pés, arte, a sociedade criticava, e com os pés, o pano passava, e o que a arte denunciava, pra eles já fazia parte...
Segue a realidade...
Mas qual delas?!
A ferida dói mais, quando alguém toca, do que quando se machuca...
Os pés dos bota preta, cortam pés de gente preta.
Mesmo que fossem pés de jabuticaba, ninguém tem direito sobre a vida alheia...
Meu país tem os pés apontados para trás, folclórico.
E o que isso traz, não é cultura, são só pés na bunda, histórico...
Cê pede fruta, fome.
Pede flor, nuances...
Pede vida, chances.
E pede amor, pelo amor...
Pede felicidade, mas atrai a dor...
Tudo se trata da natureza das coisas.
Natureza não se contesta. Agradeça.
Pés de luta, avante.
Pés de flor, mais que romance...
Pés de vida, segunda chance. Pés de amor, revanche...
Pés de humildade, plante.
A maldade não é do espinho. Talvez seja do cultivador.
Tudo se trata da natureza das coisas.
Natureza não se contesta.
Não se esqueça, transforme-se. Ame.
Pés de pais
Não querem pás
Eles querem a paz
Que existe em si
Pés demais
A Paz das pás
Não são de pazes
São de pesares
Da paz mais triste
que pode existir.
E tudo se trata da natureza das coisas.
Ruíns ou boas, são a natureza das coisas.
Agradeça, não se esqueça...
Se você é o que planta, não o que colhe...
Observe, absorva.
Transforme-se.
Escolhas.
A vida é um sopro e nós somos folhas.