INTRO:
Desconectado da matéria, longe de toda a referência daquilo que eu conheço como tempo, visitei um lugar que em meu consciente julgava desconhecido.

Uma luz radiante mudava o meu ser.
Havia pessoas girando guiadas e conectadas umas às outras por uma luz que era a única fonte de energia.
E esta energia envolvia tudo e todos. Algo fascinante, mágico…
Mas eu meu entendimento parecia confuso, pois para mim era totalmente desconhecido e inexplicável.
E por um instante percebi que alguém estava recebendo uma espécie de preparação espiritual. Ao passo que me aproximei, percebi que se tratava de mim mesmo e que eu estava observando o momento do meu renovo. Após isso, em fração de segundos, novamente devolvido à matéria, despertei ao mundo que já não era mais o mesmo, pois o meu eu estava aflorado, bem como este mundo.

Eu já estive lá em meio há um clarão, ouvi a voz do Espírito, em alto e em bom tom.

A paz era real e não aspiração. O segredo da eternidade inundava o meu coração.
Tudo era eterno, eterno eu era então. Ao passo que eu ouvia, era guiado por todas as direções.
E o diadema do saber me dava aptidões.
Pra conviver na terceira e fechar a boca de vários leões.
Enquanto o céu é promessa ou um grande suborno. O inferno é ameaça freando a espontaneidade, prometendo vergonha e eterno transtorno.
Um bolo doido e místico de inúmeras flutuações. Céu e inferno estão aqui, num astral confuso de tantas ulcerações.
Alterações... Confusas, inebriantes em meio ao gás de pimenta que estanca a força dos corações.

REFRÃO:
NA TERCEIRA TUDO É MAIS RASO,TUDO É FALHO, TUDO É MAIS TENSO.
NA QUARTA TUDO É POSSÍVEL E PRA QUEM NÃO SE LIMITA. NÃO EXISTE NENHUM CONTRATEMPO.

Viver no raso é negar a existência do próprio espírito. Anda pra trás tipo moonwalk o prosélito, traído pela essência seu próprio espírito.
Que adoece o povo no véu da sua hipocrisia. Se faz sábio e é pesado em palavras e no fundo sempre se transforma em uma ilha.
Separada pelo abismo da ignorância, onde grande e pequeno são apenas crianças.
Quem sabe, tudo e nada sabe, se ao falar divide, teoriza e martiriza na midi. É João-Porca o tridi que pensa que é nitidi.

Uma voz embargada que não vê nada além do óbvio. PALAVRA mágica na favela é ostentação, e é tipo assim; é tipo Hocus Pocus!
Nitidus - Crotalus - invisíveis bacillus. Que são famintos, sedentos e mesmo vestido sentem-se nus.

REFRÃO: NA TERCEIRA TUDO É MAIS RASO,TUDO É FALHO, TUDO É MAIS TENSO.
NA QUARTA TUDO É POSSÍVEL E PRA QUEM NÃO SE LIMITA. NÃO EXISTE NENHUM CONTRATEMPO.