Do Níger ao Parnaíba no meu rosto
Correm rios disfarçados de rugas
Na cabaça búzios que dançam
No maracá sementes que cantam

Tupinambá, Mandinga, Amanajó
Ser tudo, ser tantos
Não ser de um povo só

Pé que esfrega a terra e constrói o chão
Em cada pingo de sim
Engolindo mares de não
Incertezas turvas
Dúvidas muitas
Dissoluções torcidas, invertidas
Envelhecidas pelo esquecimento
O tempo me deu
Boca para descortinar
As minhas raízes