Dando voltas nesse circulo
refém do meu íntimo
acendo co próximo
meu time é do vínculo

só rimo co tímpano
queria só viver de amor
na neura do prensa
a vida não é um mar de flor

o destino me compôs
mãe seu filho é cantor
então da play nessa base
pra minha mente funcionar

posicionamento frouxo
porque só palavra é pouco
vou dormir e acordo rouco
sem fazer pela metade

se coloca do outro lado
trouxe ela pro meu bairro
pra sorrir e andar descalço
tornar trauma artesanato

sonhei alto e tiro sarro
vê fazer parece fácil
"passou da valeta nego vai ser sampleado"

trouxe aquele bounce funk
misturando budah e osama
nas ruas sujas de sangue
fusão shakespeariana

pelo instinto tarantino
mata p salvar quem ama
ensina pra esses monark
ai quem que foi anne frank

enquanto tem uns bobo
só de circo e refrão
vai atrás do que é teu
se não é teu tira a mão

o meu pai meteu o pé
porque tremeu na função
hoje quem cumpre esse papel
é os meus próprios irmão

daí o porque vira por quem
rapidão de 0 a 100
personalidade forte justifica a prepotência
me doando como sempre
faço o que tem que fazer
prefiro a ilusão que pra gostar tem que doer

Pisando em cacos como fosse flores,esse é o primeiro episódio da trama
Tipo um sample de funk sujao
Intervenção de varios marginal
O meu monólogo é só um diálogo
Entre dois truta na porta de um bar
Ou de um maloka gastando sua sola querendo ir pra longe pra toma um ar
Subversão do meu lado pior
Só sujeirada rap nacional
Ai Cassol não me leva mal!
Varias neurose tomei no café
Só acordei pra saber se ela vem
E se não vier vou atrás doq é meu
Até parei de atender ligações
Deixei canções no caderno morçado
Sai na rua com fome de rima
Mema disciplina de uns anos atrás
Deixei verdade a quem grita meu nome
Pixei lealdade a quem corre por mim
Quem quer meu fim eu quero que se foda
Até pensei em fala sobre amor
Tipo aquele álbum do Jorge ben
Que eu dixavei na noite anterior
Sinto saudade de quem já se foi
Tipo dinheiro que eu tinha no bolso
Lavei minha alma escutando essa base
Lançou no meu peito vai virar poesia
Tipo uma roda de samba na esquina
A malandragem faz parte de mim
A bohemia é um plano de vida
(Lá na Georgina é assim)
Ai ce a cromada canta
Truta não jogue pérolas aos porcos
Só pisa no frio que o barato é feio
Dos lado de ca dessa cidade suja
Enxuga suas lágrima fei
Afoga suas mágoas em um copo de whisky do bom
Coloca seu dom na caneta
Escreve uma letra por dia
Para pra ver como cola vadia de todos os lados
Só mais um maloca que sonha acordado
Com o bolso vazio em um buteco do centro
Pegando de exemplo varias aliado
Ca intera da brisa forjado no 12
Propositalmente preto
Mulato de cara pra eles problema pas paty e perigos pros boy
Adquirindo maldade por cada esquina que passa
Se deixa escorre a maldade no fim de tudo ce ta ligado
Oque vai sobra é disgraça.