O SOL


O SOL QUE QUEIMA SUA PELE E SEU PELOS

LHE DEIXA MOLHADA DOS PÉS AOS CABELOS

E LÁ POR DENTRO, FOGO E INUNDAÇÃO

A TERRA TREME, CACHOEIRAS E VULCÃO

A LÍNGUA, COMO UMA SERPENTE ENTRE AS MATAS

PASSA POR VALES, GRUTAS E CASCATAS

ENROLA-SE COM A OUTRA SOB O CÉU DA BOCA

ARAME FARPADO ENTRE DENTES DE LOUÇA

A FÉ QUE CEGA, A TROCA DE OLHARES

MÃOS QUE ARAM E VARAM EM TODAS AS PARTES

BEIJOS QUE SANGRAM, DELICADA TOUR DE MÃOS

A FESTA LOUCA SOB O ÉTER DA PAIXÃO

PALAVRAS SOLTAS, JURAS COM DEDOS CRUZADOS

A BREVE ETERNIDADE DA NOITE AO SEU LADO

O SOL QUE NASCE DE NOVO, QUEM VAI DIZER ADEUS?

PERCO A HORA ENTRE OS BRAÇOS SEUS