Ainda hoje eu tive a pele a preço, mãe
Segredos que eu não pude contar
Andei com tanta gente solitária
Várias fases, mil palavras foram ditas sem pensar

E o pensamento me chegava como bala
Toda saudade guardada nessa mala vai querer dizer
Porque eu não, eu não, eu não sei de nada
(eu?)

Arreia, arreia!
Arreia, arreia!

Um cientista, uma cigana, uma criança
Todo mundo quer resposta, mas ninguém sabe perguntar
Sobre os homens a lei de viver pra vencer
Sobre os muros as marcas da guerra
Sou uma mentira que foi muito bem contada
Nos espaços, nas palavras, nas batalhas que você não viu
Mas só de imaginar...

Arreia, arreia!
Arreia, arreia!

Inconsciente coletivo sob os arquétipos do trágico banquete antropofágico
Em nome de Deus sugando a alma do asfalto
Enquanto o morro morre cantando por liberdade

Ainda hoje eu tive a pele a preço, mãe
Segredos que eu não pude contar
Andei com tanta gente solitária
Várias fases, mil palavras foram ditas sem pensar

E o pensamento me chegava como bala
Toda saudade guardada nessa mala vai querer dizer
Porque eu não, eu não, eu não...

Arreia, arreia!
Arreia, arreia!

(Inconsciente coletivo sob os arquétipos do trágico-banquete-antropofágico
Profetas-símios são os falsos sábios do apocalipse
À procura de reis magos, és esfinge
O morro canta pela liberdade do espírito
Enquanto luta pela vida na fila do sacrifício
Fazer justiça com as próprias mãos é a solução
Fazer um assalto
Justiça, com as próprias mãos
Está aberta a caçada de políticos no planalto)

Ainda hoje eu tenho a pele a preço mãe
Quem vai querer pagar?