AlendaSz.
De lá de onde vim,
os menor desafogam o medo nas viagens,
dão brecha e a saudade exala, acenam pro mundo
e se valem nas notas que oculta maldade na cara e
a fé que alegam é sem paz, tá foda viver,
mas parar nós não vai, direto do caos,
falam bem, fazem mal, mó perigo central
essa onda que o desprezo instala,
bolando meu rumo e pisando fundo,
eu vou, negreira minha alma é a causa e
nas tramas batalha travada por tudo,
se querem nosso fim, podem desistir,
a coragem é um grito que não cala,
e o ditado aqui é quem de verdade,
tá tudo firmado, abraça.

Tá vivo é modo de dizer, tem coisa que
é só no olhar, não deixa o ódio te envolver,
não, não vai resolver só ter panpa. 2x

Paula.

A poesia veio debaixo do chão
Atravessou os pés foi em direção à boca
Balançou quadril, mexeu com as mãos
Sacudiu, sacudiu
Misturou vida e luta
Sem explicação...
Sem explicação, o corpo tremeu
Coração, coração bate forte
Vibra ng'goma

Coro

Tá vivo é modo de dizer, tem coisa que
é só no olhar, não deixa o ódio te envolver,
não, não vai resolver só ter panpa. 2x

Ruth.

Somos arte, dança e poesia de uma canção
Somos a carne e o sangue que construiu essa nação
Temos a mente capaz de fazer revolução

Não nascemos pra limpar o chão (chão)
Não nascemos pra roubar o pão (pão)
Não queremos mais ouvir o não (não)
Somos ubuntu, temos coração

Somos arte dança e poesia de uma canção
Somos a carne e o sangue que construiu essa nação
Temos a mente capaz de fazer revolução

Paula.

Poesia chegou, veio lá do céu
Encostou no ouvido
Arrudiou pela nuca
Mirou nos olhos a realidade
Sensibilizou, deu-lhe consciência
Cantou, cantou para a liberdade
Foi pela dor, passou na saudade
Com riso solto felicidade
Ô, felicidade
Quando vejo você é motivo de celebrar
Somos feitos do todo não venham separar
Com riso solto felicidade
Ô, felicidade

Raissa.

Nem mesmo clareou
Nem mesmo clareou
Nem mesmo clareou
E o sol ainda é bamba

A roda que veio primeiro abriu alas
Black music brasileira visceral
Swing e perspicácia nas falas
Se lambuzam em nossa fonte real