No campo, a enxada cansa,
Na cidade, o suor escorre,
Trabalho de sol a sol,
E o meu sonho não floresce.
Desigualdade que avança,
Enquanto a esperança morre,
Capitalismo feroz,
O pobre é quem mais padece.

Na labuta do dia,
Não vejo alegria,
Precarizado estou,
Meu suor derramou.

Prometeram liberdade,
Mas só vejo exploração,
Meu direito é roubado,
Tudo em nome do lucro.
Acordo na madrugada,
Sigo a mesma direção,
O rico segue ileso,
Eu carrego o mundo, eu suporto.

Na labuta do dia,
Não vejo alegria,
Precarizado estou,
Meu suor derramou.

Vendo a vida se esvaindo,
Nesse ciclo de opressão,
Quero justiça e paz,
Respeito, dignidade.
Sonho em ver o dia vindo,
De real transformação,
Onde o povo se ergue,
Pra lutar por liberdade.

Na labuta do dia,
Não vejo alegria,
Precarizado estou,
Meu suor derramou.

Chega de ilusão,
Preciso de ação,
Por um amanhã
Com mais união.

Na labuta do dia,
Não vejo alegria,
Precarizado estou,
Meu suor derramou.