Dívida de Vida est une chanson en Portugais
Não dá pra abraçar o mundo inteiro de uma vez
Viver na aridez da rigidez do tempo
Não dá pra abraçar o mundo inteiro de uma vez
Mas devo confessar que ainda tento
Motivado pela falta de motivos
Passo horas jogando fora meu bem mais escasso
O que é difícil é dar o primeiro passo
Estude bem o solo antes de andar descalço
O edifício é sempre muito alto
Mas quem o construiu começou tudo lá embaixo
e se a pressa é inimiga da perfeição
tempo e paciência são vigas da fundação
tento ver a essência de vidas sem salvação
como opção pra me manter são
odeio o que passa nessa televisão
nem posso mudar de canal sem o controle na minha mão
sem ter controle? vey, num dá não
desordem resulta na confusão de pensamentos
me afogo nesse turbilhão
questionamentos me impedem de tomar ação
Tipo terminar a oração
dias atropelados
um após o outro, atrás do outro, lado a lado
tropecei no próprio braço esticado
tentava abraçar o mundo
não era senhor fantástico
filho dessa geração de espírito plástico
esperança tênue no que os olhos não veem
porém confiança cega no que prega o mágico
e mais do mais do mesmo do que tem em
suas palmas das mãos depois das linhas da vida
encurtadas depois de cada fadiga
então me diga, o que te cativa
o teu dia a dia te solta ou te prende
me diz! o que te cativa?
seria essa a peça que me faltava
num quebra-cabeça que nunca se acaba
num bate-cabeça que nunca se acaba
onde tem de tudo que quiser, mas não tem água?!
Não dá pra abraçar o mundo inteiro de uma vez
Viver na aridez da rigidez do tempo
Não dá pra abraçar o mundo inteiro de uma vez
Mas devo confessar que ainda tento
Desde quando o mundo é mundo, ter tudo é pouco
Quando sinto que tenho tudo é que to no fosso
Por vezes me acho imundo mas sou bom moço
caí num buraco tão fundo que eu fiquei roxo
Mas foi o corpo, não o copo
Querer o topo sem ter foco
É sufoco, eu me sufoco
Não suporto. Quase aborto
Fique atento à sua limitação
Se tem excesso de bagagens o avião nem sai do chão
Saciar vontade é o que revigora
Nunca peço na internet só pela demora
Quero bem na hora pois sempre tô com pressa
Mas tudo tem seu preço. Foi o olho da cara
Comprava tudo à vista. Agora é a longo prazo
Pior do que agiota. Porra eu sempre me cobro
Ainda incluo a taxa. Descontente no banco.
O assento é só pra descanso. E eu penso fora da caixa
no relógio encaro o esgotar de algo
que nunca se para de ir e vir como uma torneira
escorre na pele insensível ao toque e esqueço que é escasso
isso que caminha rumo ao bueiro
debaixo do chuveiro, atento às minhas feridas
tentando entender o que me machucou
descubro que o mal foi andar desprevenido
numa rua que vê alvo naquilo que me restou
e não é sobre evitar o caminhar
mas entender que as luzes são caminhos e ainda podem me
cegar
ainda vou escrever uma tese pra explicar
por que não tem janelas onde te iludem com jogos de azar
posso até me mudar daqui, nunca me mudo de mim
posso até me mudar, mas nunca mudo sobre mim
nunca me iludo sobre mim, ao menos tento, enfim
sempre atento, nunca a contento, fim