Translation of Guapo Tarde from Spanish to Portuguese
Paraditos estão, paraditos, parasitas malditas
Sabaditos benditos, viciados em litros e em gritar
Hábitos anárquicos, palpitações do veranito já no focinho
Mojitos, loquitos coñitos, solito sorbitos de vida e solzinho
Jogam para ver quem é o mais bonito
Eu tinha espinhas, nunca pude entrar na briga
Underground, esse é meu habitat
Procure-me na rua com sede de cervejas e rap
Acho que estou me apaixonando
Mas não por uma mulher, e sim pelo ritmo de rua
Não há garotas por aqui, só rappers
Só valentões, bêbados e maconheiros
Usei camisas, eu, sapatos, não
Talvez umas Timberland, eu, náuticos, não
Zonas inteiras descartadas
Bares cheios de garotas arrumadas
Mas eu teria que me disfarçar
Se eu me disfarço, o que sou eu para o Rap?
Não tenho inveja, quem está se perdendo OK
Eu estou com os grandes rimadores no parque
Louco no rap por ter mais habilidade
Nenhuma pressa para perder a virgindade
Fiz alguns shows, cada um pior que o outro
Não voltarei a subir até fazer melhor
As da minha classe dizem que sou um cara estranho
Só se aproximam de mim para pedir cigarros
Não sei como me relacionar
Sempre com os fones para que não possa falar comigo
Não tive irmãs, éramos todos caras, tia
Meu padrão de beleza é a Virgem Maria
Somos três adolescentes na mesma casa, tic-tac-tic, bomba-relógio
Eu só sou um garoto
Estou tremendo com uma faca no corredor
Escrevo letras sobre o diabo à tarde
E à noite rezo pai-nossos até dormir
Paraditos estão, paraditos, parasitas malditas
Sabaditos benditos, viciados em litros e em gritar
Hábitos anárquicos, palpitações do veranito já no focinho
Mojitos, loquitos coñitos, solito sorbitos de vida e solzinho
Dor de barriga, toda a manhã
Hoje minha garota vem me buscar na escola
Faz gazeta por mim, um grande gesto
Só alguns minutos me separam de seu abraço
Vou ao banheiro me arrumar, mas ao ver meu rosto
Cheio de espinhas, deixo-o ensanguentado
Envolto em fúria, vontade de arrancar o cabelo
Saio para fora com a autoestima no chão
Não quero vê-la, náuseas, suor frio
E embora tenha vindo me ver do outro lado do rio
Vou para casa sem cumprimentá-la, o que acontece?
Choro na esquina, amaldiçoado por meu rosto oleoso
Para ser sincero, foi apenas o primeiro
De um milhão de complexos que vieram depois
Fiz uma casca com lixo
Vivia me odiando sem poder pedir ajuda
Livros de Bukowski, uísque, solidão
Bêbado até perder a consciência da minha feiura
O final é óbvio, ela me deixou por outro
Quem vai querer um namorado sem um grama de amor próprio?
O pouco que tinha a perder, perdi
Posso dizer que é a dor mais forte que senti
Lamentando pelos bares, animal ferido
Agradecido, pois nunca me senti tão vivo
Sabina e Calamaro são a salvação
As frutas e verduras são a imaginação
Todas as noites no local durante a semana
Rindo de tudo, me fazem esquecer o drama
Fora deles só tenho o rap
Poemas desajeitados que não me ajudam a conquistar
Medo de palco, vomito nos shows
Tornando físico meu sentimento cru
Fracassado no amor, só amor ao rum
A solução será baixar o padrão
Morrendo de fome, groupies feias
Zero química forçando com uma difícil
Só são lembranças, borradas pelo passar do tempo
Melhor quietinhos, quietinhos
Congelados melhor, paraditos
Paraditos estão, paraditos, parasitas malditas
Sabaditos benditos, viciados em litros e em gritar
Hábitos anárquicos, palpitações do veranito já no focinho
Mojitos, loquitos coñitos, solito sorbitos de vida e solzinho