Na rua vejo um gato
E um prédio quebrado que ninguém vai consertar
Um pouco como estes dias
Como nós, desfeitos em silêncios

Nas longas extensões onde se caminha
Os passos solitários de quem não tem um lugar
São sonhos voando como balões
Que nunca voltam

Ainda não se sabe se o sol vai sair hoje
Sobre toda a cidade onde escrevi o teu nome
E sobre todas aquelas coisas que não tenho mais
De quando você estava aqui, que agora não preciso mais
Mas ainda não se sabe se vai chover
Sobre os espelhos
Se somos as peças das mecânicas celestes

Sem paredes nem raízes
Confio nos amigos que te esperam
Especialmente nestes dias
Que não se sabe quem realmente somos

Nas longas extensões onde se caminha
Os passos solitários de quem não tem um jeito
São sonhos furados como balões
Que nunca duram

Ainda não se sabe se o sol vai sair hoje
Sobre toda a cidade onde escrevi o teu nome
E sobre todas aquelas coisas que não tenho mais
De quando você estava aqui
Que agora não preciso mais
Mas ainda não se sabe se vai chover
Sobre os espelhos
Se somos as peças das mecânicas celestes

Acende-se uma luz
E então se ouve uma voz
Está tudo na minha mente
Mas a lógica, ela não tem piedade de mim

Ainda não se sabe (não se sabe) se o sol vai sair hoje (o sol)
Sobre toda a cidade (a cidade) onde escrevi o teu nome
E sobre todas aquelas coisas que não tenho mais
De quando você estava aqui, que agora não preciso mais
Mas ainda não se sabe (não se sabe) se vai chover
Sobre os espelhos
Se somos as peças das mecânicas celestes

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