Vejo-te em todos os rostos
Ainda sou eu, ligo-te de número privado
Gosto de ouvir a tua voz, será que sou estranho?
Já não sei bem porquê, mas estraguei tudo
Preciso de te ver novamente, preciso de te escrever
Os outros não sabem o quanto estou deprimido
Tendo a acreditar que nos encontraremos novamente
Se eu gritar o teu nome, não te vire
Tenho medo de ficar, tenho medo de partir
Lembras-te, eu chegava à noite bêbado
Encontrei o álcool, tu encontraste alguém
Olha-me sinceramente, pareço bem?
Sempre pensei que era o culpado
Que era mau, que era tudo por minha causa
Agora entendi, éramos cúmplices
Mas nada mudou, ainda me culpo

Juramos fazer tudo
Até voltarmos a ser pó
O amanhã se parece com o ontem?
Não quero mais olhar para trás
Nada importa além de hoje
Como posso te amar se não me amo?
(Como posso te amar se não me amo?)
Mas como posso te amar se não me amo?

Contigo, estou sozinho
Depois de ti, não há ninguém
Lembro-me da tua doçura
Na minha cela, isolo-me
Fazemos amor, vamos dormir
Amanhã, vou fugir novamente
Hoje à noite, não vou sair
Nós, ainda penso nisso

Para onde vais? Dá-me a mão
Adeus, obrigado, de nada
É realmente o fim?
Deixei o trem passar
Prisioneiro das memórias
Para o melhor ou para o pior
Escrevo estas palavras para te dizer que não te esqueci
Não te esqueci
Não te esqueci, querida
Não te esqueci
Não te esqueci, querida
Não te esqueci
Não te esqueci, querida
Não te esqueci

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