Não quero dizer mais nada ao fim daquela estrada
Está tudo o que plantei
Não como eu imaginei
Mas como eu sei que iria ser
Se eu tenho a pele escura esquece essa ideia imatura
Que te difere de mim
Quero ter olhos pra ver
A maldade desaparecer
Quero meu filho no ventre mas que nenhuma serpente
Envenene antes de nascer
Quero a saudade na mesa e junto dela a tristeza
Desaparecer
Não quero dizer mais nada
Ao fim daquela estrada está tudo o que plantei
Ao abrir os olhos vai ver tudo aquilo que terá de ser
Olha, eu te digo a respeito da muda plantada em seu peito
Das minhas flores pretas crescer
Minhas vós, minhas mães, minhas tias
Brotando em sua pele macia e nosso campo a florescer
Eu quero o meu filho no ventre
Mas que nenhuma serpente envenene antes de nascer
Eu quero a saudade na mesa e junto dela a tristeza
Desaparecer