Esse ano eu tô forte, Tamborins no meu samba
O meu santo não dorme, minhas guias de Umbanda

Guiam meus passos numa maratona, abrem espaços, Leviatans
Levitando num oceano de drama, nessa estrada, sangue e champagne
Eu lido com o pânico, trampo de peça, quebro cabeças em praças, esse é o preço do acesso
Lucro com as lágrimas, brindo o suor do sucesso, Nada toca nos meus passos

Nunca peço, sempre faço, nesses pulsos cicatrizes somem
Essas ruas me fizeram nômade, parece fácil depois que eu fiz
Peitando a fome e o cansaço, balaclava, sem sono
Guerras sabem meu nome, Nada para esse homem

Sangue e sidra nessa taça, vinte vidas somem fácil
No meu bairro nada passa, por aqui cê fica fascinada, cada segundo um assassinato
O teu riso é blues de Cincinatti, 20 gramas sobre um prato raso
Vinte dramas passam muito rápido, vinte dias duram quase nada

Ambos estamos cansados, eu tava cansado dez anos atrás
Bebo do caos essas fonte não seca, dez vez maior, dez vezes mais
Baby eu já tive uma peça, vim do pecado com sangue no pé
Ando blindado com as preces de mãe, abra o cardápio e peça o que quiser

Que eu ainda posso, eu e a dor somos sócios, minha parte do negócio
Deixar peitos em pedaços, deitar farsas no caminho, lucidez perante o corre
Porque eu nunca tô sozinho nego, inimigo aqui só porta ego
Eu jurei que esse ano eu chego e o destino sorriu como Glasgow

Eu sinto o medo o faro é Perdigueiro, o dinheiro ainda move os nossos
Vinte anos e ainda tô inteiro, essas ruas quebram ossos


Esse ano eu tô forte
Tamborins no meu samba
O meu santo não dorme
Minhas guias de Umbanda

Guiam meus passos numa maratona, abrem espaços, Leviatans
Levitando num oceano de drama, nessa estrada, sangue e champagne

Eu cruzo as fronteiras, pique de coyote, meu time de nove não joga de Tróia
Mão que me move segura uma automática, mira travada na barca que sobe
Sinto-me pálido e a felicidade tem gosto de morte
Essa cidade mira meu bólido black piano, made in Camboja

Esse é o código red, ela de quatro e o letreiro de led
Droga no prato, grana mocada no placo, meu nome fura esses prédios
Manos rezam por minha queda, lembre-se baby o que faço não quebra
Essa caneta é remédio, fala por que esses caras me seguem?

Lobo na pele de lobo, foco nas boca de Wolf, droga na mala do Golf
Vivo da pala dos bobos, encho de bala essa colt, lingua ligeira igual bolt
Guarda um trocado pro boldo, aqui movo-me veloz,
Nego os novo rico é nós Pena baby, ainda sinto-me só

Minha dor aqui move os negócios, banha á lágrima esse Panamera
O que faço enxarca a íris deles, foco é chocar a cidade inteira
E ser o primeiro nunca foi meu plano, vinte anos tô por esse asfalto
Faço o que eles morrerão tentando, cada vez maior, cada vez mais alto