Perfumes de Um Tempo Velho
Ritmo: Milonga
Letra: Eliezer Sousa
Melodia: Lucas Gross
Violão Márcio Costa
Violão: Odair Teixeira
Guitarron: Guilerme Collares
Contrabaixo: Lucas Gross
Cordeona Três Hilheiras: Rodrigo Collares
Arranjos: Guilherme Collares e Lucas Gross
Intérprete: Robledo Martins

Rasto arrastado da tropa
Num risco do arreador,
Impressos no corredor
Pela ternura das horas
E o manso tinir de esporas
Entre o chamar do ponteiro,
Caminho, rumo estradeiro,
De longe, o tempo nos trás
Nas léguas, grito fugaz
Do venha boi mais campeiro.

Virá na tropa meu ontem
De um sonho nunca esquecido,
De achar o que foi perdido
Talvez num nascer de aurora
Nos traga as vozes de outrora
No berro antigo do boi,
Pelo sendero ande voy
De minha ancestralidade,
Para tropear a saudade
De um tempo que já se foi.

Acende um céu de esperanças
Pela sequência das vidas,
Cruzam estrelas perdidas
Por entre quartos de ronda.
Espia a lua redonda
Buscando a volta do cerro,
Ao longe ladra algum perro
Dentre a mesma ladainha,
Fere o silêncio a madrinha
Na garganta de um cincerro.

Aromas de pasto e flor,
Perfume em campo ferido,
Vozes de tropa na estrada,
Timbre de antigo sonido.
Memórias de um tempo velho
Que jamais será esquecido.