Dê licença já
Dê licença pra eu cantar a vida
Dê licença já
Deixe me passar com a dor da ida
Dê licença já
Dê licença pra eu cantar a vida
Dê licença já
Deixe me passar com a dor da ida...
Eu volto!
Visto minha razão
Monto no alazão
Cortando a poeira e o véu
Cantando o sertão
Rasgando esse chão
Como um trovão no céu
Engolindo a seca
Deitando a cerca
Com tudo que há em mim
Alma sertaneja
Que assim seja
Inté depois do fim
Velas, rezas
Cantos, santos
Campos, mantos
Terras, léguas
Derrubaram nossas casas
Levantaram edificios
Minha vida é minha causa
E Deus me deu asas
Pra cumprir um ofício
E Trancender
Todo e qualquer poder

Nunca obedecer
Muito mais que existir
É ter um por que pra lutar
Levante popular
Pelo nosso labor
Nesse chão eu me vou
Refrão
Pelo ar...
Sou passarinho, vou cortando os ventos, Não posso parar
A voar...
Pelo caminho, levando esperança,
Nesse meu cantar
Pelo ar...
Sou passarinho, vou cortando os ventos, Não posso parar
A voar...
Pelo caminho, levando esperança,
Nesse meu cantar
Visto minha razão
Monto no alazão
Cortando a poeira e o véu
Cantando o sertão
Rasgando esse chão
Como um trovão no céu
Engolindo a seca
Deitando a cerca
Com tudo que há em mim
Alma sertaneja
Que assim seja
Inté depois do fim
Estradas Largas
Vidas curtas
Sinas, lutas
Covas razas
Vieram limitar meu mote
E delimitar os montes
Sei onde anda meu Norte
Desafio a morte
Construindo pontes

Pra romper
As barreiras do ser
Não só sobreviver
Temos que resistir
E se o sertão virar mar?
Vou com a rima a remar
E por onde for
Eu levo a minha dor
REFRÃO
Pelo ar...
Sou passarinho, vou cortando os ventos, Não posso parar
A voar...
Pelo caminho, levando esperança,
Nesse meu cantar
Pelo ar...
Sou passarinho, vou cortando os ventos, Não posso parar
A voar...
Pelo caminho, levando esperança,
Nesse meu cantar
Pelo ar...
Sou passarinho, vou cortando os ventos, Não posso parar
A voar...
Pelo caminho, levando esperança,
Nesse meu cantar
Pelo ar...
Sou passarinho, vou cortando os ventos, Não posso parar
A voar...
Pelo caminho, levando esperança,
Nesse meu cantar
Lavadeiras e rendeiras, parteiras,
Guerreiras de outrora
Senhoras da fé
Lavradores, agricultores,
Trabalhadores em aurora de pé
Lavadeiras e rendeiras, parteiras,
Guerreiras de outrora
Senhoras da fé

Lavradores, agricultores,
Trabalhadores em aurora de pé
Lavadeiras e rendeiras, parteiras,
Guerreiras de outrora
Senhoras da fé
Lavradores, agricultores,
Trabalhadores em aurora de pé
Lavadeiras e rendeiras, parteiras,
Guerreiras de outrora
Senhoras da fé
Lavradores, agricultores,
Trabalhadores em aurora de pé
Botei o meu chapéu
E enfrentei o sol
Vi a terra se abrir
De cinza me cobrir
Em mais um arrebol...
E fui!