Lalau AD
Compilo Ditos de Anansi
África no sangue Catarina flamejante
Visceral pensante contra o estado ultrajante
Verso verdejante! Fly away go burning!
Pondo fogo nesses vermes feito Drogon em Kings Landing
Pesadelo punk pros separatistas pink
Contra o porco delirante sou o cérebro do business
Mind builder, trash killer, Souza Cruz, poeta livre
Um Xocleng pegando a flecha com a mira de um rifle
Não me rendo ao vazio do caráter não ataco estados em busca de cédulas
Sirvo honra em células , faço rima incrédula
Viajar pela linha de forma niilista me traz dialética
Muito além da estética ou de qualquer fonética
Radiação versada nessa Chernobyl sulista
Calculista nos Dracarys que eu mando nos racistas
Rompe a mística classista de quem cala nossa voz
Quando zoa nosso trampo nos chamando de playboy...
Quando zoa nossos trampos nos chamando de playboy
Quando zoa nossos trampos nos chamando de playboy

Uri

Sem medo de ninguém
Não podem me calar
Não podem me parar
Não podem me comprar
Então vão ter que me matar
Vestido com as roupas e as armas de Jorge
Enxergo longe, caçador
Me chama de Oxóssi
Intimidados com minha pele e não é segredo
Também te dei motivo pra ter medo:
Meu Santo Antônio é de batalha;
No meu pleno eu queimo gralha
No meu plano eu queimo palha
E sopro longe o desaforo.
Telas expõe vermelhos,
Magentas, cinzas
Pela cidade escuro cores belas e brisas.
Montei minha casa no vulcão mas tão voando brasas,
Corram, se escondam todos em suas casas
Eu troco letras caras pagas pelas suas asas,
Depois te devolvo em serviço
Entregando cartas
Pra que renasçam matas faunas e suas flores claras
Depois do vôo eu descanso colhendo bagas

DuBueiro

Sabe, eu não nasci pra chorar
Meu momento de crise é só meu
Então sem essa de desesperar
O pior lado que eu tive morreu
Abre a boca que eu vou atirar
Sorrindo pelos miolos que escorreu
Canetas também podem assassinar
Esse homicídio fui eu quem escreveu...
Mano eu tô chateado, esses rappers tão de brincadeira
Prometeu temperar, mas só cuspiu na nossa ceia
MS é a peste, centro-oeste é a peste
Miliano campeão do Nacional, é a peste
Sabe, quando ele ganhou o estado todo vibrou
É que é mais difícil os nossos subir no Rap
Minha linha é independente, só anda pra frente
Fiquei um pouco mais fechado pra esses confete
De vez em quando me frustro, mas eu não sou bobo
Não ataco em aleatório esses rappers do topo
Se pá eu nem sou Mc, só lanço rima sinistra
Quero vencer na música, ser amigo do Zé Pilintra
Minha oferenda é sua cabeça, quer dizer, o crânio
É que te faltou o cérebro ao diminuir meus ganhos
Sempre tem um arrombado querendo atrasar
Mas eu odeio cumprir horário até no meu trampo
Não curto essa onda, não vou surfar no hype
Maioria dos surfistas ganha prancha do papi
Me formei em outra escola e nem é a do 2pac
Aprendi que fazer track é igual cozinhar crack
Então toma, uma pedrada mais tóx que a outra
Deixando testa moiada igual os cops na boca
Mato Grosso do Sul, Campo Grande city
Cê num vai ignorar nem me ocultando do seu feed

3 dias acordado tô chão da sala, o sangue no background é o que move o gueto
Onde a liberdade canta compus primaveras, nessa cela solidão, dinheiro e cianetto
Meio homem, meio fera, no corre pra nunca pegar num ferro
Era homem feito aos quinze na intenção de ter um berro
E o Campari de mãe dissipou as Lágrimas
Na minha rua o Mardrigas e daqui eu não erro

Sempre foi alcool na ferida e dedo no gatilho
Como um filho da puta igual eu iria ter um filho?
Na corda bamba entre ficar louco ou ficar rico
Chorei um rio no espelho com um cano no ouvido
Isso aqui é um campo minado, Bairros divididos
Morremos de graça, pra esses boy não faz sentido
A minha raça cresce em blocos, infesta presídios
Vivemos pouco, sem tempo pra ser deprimido
Porque eu já era homem velho, filho, aos 27
As cicatrizes nos meus pulsos contam histórias tristes
Enquanto eles me chamam de Deus pela internet
Tô praguejando e tentando provar que Deus não existe
Fiz minha rua e minha mãe colocarem fé nisso
Eles conhecem o que passo e me cobram um hit
Cruzando mapas nas br matando serviço
Enquanto queimo um prensadão tô entendendo Nietzsche
Inimigos me querem morto mano eu não dou pala
Tô machucando esses poemas até criar calos
Empilhando blocos de notas nesse porta malas
Ee até quem me ignorava respeita o que eu falo
Pra viver o sonho de mãe tô evitando balas
E peito a morte com o relógio correndo Anti-Horário
Pra injetar melancolia em sua coronária
Não consigo evitar, é hereditário

Nobre San

Meu aluguel é pago ali nessas ruas de baixo
Fogo na vela, voz no beat, assim começa esse despacho
Essa é a nova banda de ""James brow""
Colocaram nobre san no baixo, n me relacho

Se me perguntarem o que q eu acho
Se eu poderia me cansar desse diacho
Tão perdido, tá perdido, eu to perdido
E quem sabe um dia eu acho, tem quem diga ""fale baixo""

fecha a porta, mandaram dizer que não estava
E quem falava, surrurrava, nas teclas da midia
sangro os pés na caminhada
Em um campo de espinhos tu pensava que era orquideas

querem me ver citando nomes
Comprando tretas que não compram minhas camisetas
A maioria de suas letras
Estão em falta a proteína prus que mamam em suas tetas

nasci num carregamento de canetas
Depois de um alinhamento de planetas
ouvidos serao buceta
Se prepare esse é meu derramamento de gameta

hoje acordei pra entender a ""Estamira""
Querem tiras da minha pele pra tapete
e com esse tanto de caguete
Fica dificil distinguir em quem se atira

Na rua se aprende a manter no alto a mira
A produzir adrenalina igual usina em altamira
mais em goiania as pedras no caximbo
Te levaram a flutuar no macambira

Minha sorte adquiri em uma gambira
A felicidade me abraça é uma vampira
Pra não dança igual Catira
Bate o pé porque o mundão é só de quem se atira