A imaginação equilibrada entre a razão e a intuição no processo de criação

E eu cerro os cílios e fico invisível
Encerro ciclos e sinto sensível
O toque do ar do puro
Através do qual eu carburo
Divina medicina do arbusto
É o sopro do bruxo do centro-oeste velho
Navego no verbo e verso meu próprio provérbio
Enquanto sozinho converso
Esse mar de traumas atravesso
Sempre fui na fé em qualquer lugar que fosse
Vi a velha morte amolando a foice
Desviei assim malandro sangue doce
Depois de tanta filosofia ainda quero é que f###
Respiro fundo, quebro a análise rasa
E aí meu fardo passa a pesar um par de asa
Alço um voo leve rumo a bem aventurança
E por um breve momento sinto que o tempo descansa

As vezes eu vejo deus
E talvez hoje eu deva vê-lo
Por aqui o vento veio
Com cheiro de devaneio

As vezes eu vejo deus
E talvez hoje eu deva vê-lo
Aqui dentro do meu peito
É uma casa de veraneio

Venho sossegando, apaziguando
Pousando no sorriso da minha nega
Trago boas novas, frio na barriga
E um calor no peito que aconchega
Então chega mais e se preocupa menos
Somos apenas mortais porém eternos
O céu é mais céu pra quem vem do inferno
O que é seu é seu, pra hoje é o que temos
E eu sou o pra sempre, eu sou o pra ontem
Se a hora é agora então então eu tô aqui
Eu aprendi que não querer é poder
E é por isso que eu não deixo o desejo me reduzir
Vamo aí, que o corre não desanda
De corpo fechado dos passo em falso eu abro distância
A força maior que rege meu amor é branda
E humildemente habita no sorriso da criança

As vezes eu vejo deus
E talvez hoje eu deva vê-lo
Por aqui o vento veio
Com cheiro de devaneio

As vezes eu vejo deus
E talvez hoje eu deva vê-lo
Aqui dentro do meu peito
É uma casa de veraneio

“É justamente a coisa de dizer assim
Nada, nada, nada é igual
Mas também ninguém foge da semelhança”