NA HORA DO APERTO
Ritmo: Milonga
Letra: Eduardo Muñoz
Melodia: Cristian Camargo
Violão solo: Higor Extremeira
Violão solo: Luciano Fagundes
Violão base: Roberto Borges
Guitarron: Cristian Camargo
Contrabaixo: Miguel Tejera
Intérprete: Marcelo Oliveira

Fiquei eu no compromisso
De cuidar de um violão
Há muito queria tê-lo
Mas não nessa situação...
Deus permita que meu verso
Seja um bom anfitrião!

Trazia um oco no peito
Maior do que o da guitarra...
Madeira cheirando a nova
Sem cicatrizes de garras...
As cordas bem afinadas
A cabrestearem sonidos
Pra que o caminho das cifras
Provasse o duplo sentido...

Já vi no mesmo destino
Pingos, aperos e facas
Heranças de tempo e sangue
Que povoaram guaiacas...
Se fossem os seus valores
Seus sonhos ou sua gente
Até cabia um remorso
Por sustentar a semente...

Pelas coxilhas de cedro
Que espelham esse momento
Repechos que a vida cruza
Mesmo sem merecimento...
Um apertado dos pilas
O outro no coração
Por lhe tirar um dos braços
Tentando dar uma mão...

Tocou a última marca
Num tom maior de saudade
O abraço mais apertado
Na sua outra metade...
Se vê na hora do aperto
Quem vai tirar boi do mato...
A força que a gente pulsa
E os amigos de fato!

Depois do mate do estrivo
Se foi sem olhar pra trás
Sabendo que todo aperto
Pelo suor se desfaz...
Há de servir de conforto
Às almas em descompasso,
Que é apenas mais uma casa
Pra quem tem tantas no braço!!!