Linda morena conta pra mim
Qual o segredo do teu canjinjin

Veio de lá, brotou do chão desse lugar
Que foi raiz, que foi razão, nosso congá!
O Canjinjin, filho de rei, ficou por lá
Mas sua fama atravessou o mar

Em Vila Bela, uma bebida batizou
Quando um Chorado o rei menino recordou
Uma ialê me fez beber do seu licor
Cachaça e mel, mas seu tempero não contou!

Se vai canela, se vai cravo... acho que vai!
Se vai gengibre e erva-doce... acho que vai!
Que aguardente e mel de abelha, eu sei que vai
Mas sei que tem... um não sei quê... um algo mais!

Linda morena conta pra mim
Qual o segredo do teu canjinjin
Conto sim... conto não
Esse segredo é do meu coração
Conto não... conto sim...
Qual o segredo do meu canjinjin

Será que o choro de saudade da ialê
É que botou nessa bebida um não sei quê?
Será que a gota dos seus óio fez chover
No canjinjin e isso virou um canjerê?

Se vai malícia, se vai dengo... acho que vai!
Se vai requebro e vai quebranto... acho que vai!
Que eu me perdi nesse Chorado e não sei mais
O que é que tem? Mas sei que tem um algo mais!

Linda morena conta pra mim...

Bebe com fé, sente no pé, bate o tambor!
Que não há mal/ tão bom igual/ ao mal de amor!
Só vou contar/ quando tomar/ meu canjinjin
E lá no fim... se for cair, caia por mim!

São Benedito, me valei!... zelai por mim!
Que eu me embriago no sabor de um canjinjin
Nessa Congada eu vou que vou já meio assim
Se essa morena não me quiser... será meu fim

Linda morena conta pra mim...