Eu iludi o dia. Me fiz lua em teu céu ensolarado.
Toda estranheza é bela aos olhos nus.
Iluminei moinhos de ventos.
Irradiei caminhos turbulentos. Toda nudez é estranha aos olhos fechados. Emanei raros sorrisos em corações irritados.
Fui maremoto em dia de spa. Calmaria em hora do rush. Tormenta budista. Pacificador em guerra.
Não sei mais contar até o infinito.
Nem recomeçar os planos eternos. Já entendi o sentido dos sinais vermelhos. E o sabor dos goles amargos. Fui jantar saboroso em paladar insosso. E veneno de cobra em lábios cerrados. Cortes na pele de arrame farpado. Declarações com sede em colos furados. Já entendi o valor dos dias nublados. E dos sonhos frustrados. Sou eternamente o agora. E finitamente o para sempre. Imitei o sol. Me fiz de calor em peitos gelados.
E toda beleza é correnteza aos olhos lacrimejados.