Pa mim bateram o radim pa não passar por nenhum problema
No camin fui no sapatin mesmo nessa pressa de encontrar
Com os manin colei de mansin na aporta fui pedindo a benção
Pro padrin que falou assim: briga no botiquim

E nessa que eu vim assim rapidin dei um trago incorporando
O Dalsin alonguei os bracin
Facin, ginguei no passin porque a maioria ja tava bem
Chapadin, rotina de barzin parece não ter fim

Cada dia vivo um episódio
Oscilando entre o amor e o ódio
O cotidiano distorce o óbvio
Sorte que eu nunca tô sóbrio

Enquanto a gente aguarda o convocado
Da missão trazer aquela que matou o guarda
A esperança acaba, a confiança tarda
Falha e nós que paga

Bar, tendinha ou camelô, a caninha dominou
Sempre vai dar um caô, chegou minha vez e não sobrou
Fiz intera e não rolou, a galera sufocou
Nem teve desenrolou, me revoltei criei mó bololo

Cada dia vivo um episódio
Oscilando entre o amor e o ódio
O cotidiano distorce o óbvio
Sorte que eu nunca tô sóbrio

Cheguei no bang vi que alguns irmãos já passavam perrengue
Me surpreende a facilidade que nego se desentende
Lei do duende é pra beque não serve para aguardente
Que eu me lembre quando a porrada come o garçom não atende

Não só nos bares, em um montão de lugares
Reuniões familiares, problemas particulares
É a maldição dos lares, não se prenda aos detalhes
Para espantar os males garrafas vão pelos ares