POEMA EM PRETO E BRANCO
Letra: Péricles Almeida - Música: Reinaldo Cardoso
Ritmo: Milonga
Intérprete: Igor Tadielo
Contrabaixo: Reinaldo Cardoso
Violão e vocal: Clenio Bibiano
Violão e vocal: Fabiano Corrêa
Acordeon: Eduardo Abramson


Com o tinteiro ao teu lado, fui beijar-te planura,
Pelo teu universo adentrei, noite escura.
Descobrindo segredos, de tua alva tez,
Em um poema, talvez, descrever-te, ternura.

Á água negra da noite e um barco de poesia,
É a tinta com o papel mareando em fantasia.
Anoitece, imenso mar e tua pele enserenada,
Quarto-de-lua prateada, até chegar outro dia.

Sou eu Nanquim, sem o papel não há razão,
Sou eu Nanquim, de uma rima esta canção.
Viagem sem ter hora e lugar para ter fim,
Sou eu Nanquim, a me lançar na imensidão.

O suor em tuas margens onde sou mais fecundo,
Tão livre, encontro a pena, estou preso em teu mundo.
Todo amor é um cruzeiro, que dá Sul, para os amantes,
Todo amor é um luzeiro e um farol pros navegantes.