Racismo e Luto no Hospital is a song in Portuguese
Ele ja tem 62 nao e um negro iniciante
Seu nome e Everaldo da Silva muito elegante
Ta num grupo de risco e se arrisca de vigilante
Pra quem ele trabalha e so mais um e irrelevante
Foi no hospital Dom Joao Becker que a esposa foi internada
Ninguem esperava que ali ela seria enterrada
Numa historia ja contada, com muita gente errada
Do tipo que fala que preto nao e nada
Saindo do trabalho foi direto pro hospital
Foi ver a sua amada que ontem se sentiu mal
Mas ao chegar no quarto uma cena de mil grau
Que a cada minuto no Brasil e comum, voce ja viu igual
Aquele no na garganta que ate corta o pigarro
Nem imaginou que ela entraria em curto
Ele vendo a esposa atacada do figado
Ela vendo o marido ser acusado de furto
Ele se sentiu humilhado ao ver sua mochila ser revirada
Cai marmita e camisa de uniforme suada
E logo em seguida quis rezar ate pra meca
Ao ver sua esposa doente ser revistada na maca
Como se ainda fosse pouco, levou varios soco
Cade o Iphone, fala velho louco
Nego nao presta, castigo e pouco
Seguranca agride a enfermeira poe fogo
Sua esposa entra em panico, racismo legitimo
Com raiva ficou e gritou como um surto
Momento era intimo, nem um deles imaginou
Que no fim das contas se tornaria um luto
Mais uma vez por sua cor foi condenado suspeito
Levado para outra sala ate confirmar seu patos
Mas logo o celular foi achado sem defeito
E agora a falsidade quer perdao pelos seus atos
Mas nada mais importa so quer voltar para o quarto
Pra ver sua esposa e conforta-la no seu leito
Mas devido ao panico ela teve um infarto
Ele so encontrou ela embalada num saco preto
Ela tinha 55, morreu vendo o marido
Sendo pisoteado e acusado de bandido
No obito o delito, com exito omitido
De que ela era doente e o hospital nao ta envolvido
No obito o delito, com exito omitido
De que ela era doente e o hospital nao ta envolvido