São Paulo capital, tudo sempre habitual, tudo muito casual até se tornou natural, quem não manja passa mal normal, é bem vital desconstruindo pra construir uma vida legal,

na moral, são vários anos trampando e fazendo rap, cantando e contando uns cash
pra não portar parafal,

paracentese proposital forçando o poder mental
para escrever uma poesia
com censo espiritual,
(uau)

vivência diferencia várias fita do dia a dia, correria assim que é,
nóis tira um lazer também,

truta é sem demagogia, gelado como água fria, então não vem de simpatia que o cê quer aqui num tem,

já fui refém das turbulência
num giro em 360,
sequência de paranóia
delírio de manifesto,

respire, liberte se, é foda ter alegria, mas só tenho alergia
receio de ter afeto,

não nego, amo minha família, minha mina, meus mano todos que tão na sintonia no memo cotidiano contando com os planos futuro procuro oferecer,
o melhor pra quem eu amo e a quem tem sede de vencer,

então foda-se, crocodilagem tem de monte
pra renovação da alma
eu aprecio o horizonte

e é no aperto de mão que eu reconheço quem tá comigo no aperto,
sai de perto se não soma
subtraio só boleto,

no erro vem o acerto
por isso me submeto,
acervo de várias fita
me tornou obsoleto

poeta do gueto, sem massagem só mensagem
no conceito nóis é Zika é desse jeito!

alguns anos tava sem ânimo
o rap me trouxe vida
meu vício pela cultura
me trouxe serotonina

mistura de alquimia com toque psicodélico
com verso atmosférico completa a poesia,

cachorro sem nome treinado convocado nas rima
formulando som de rua
trazendo matéria prima

pra cima desses otário
rap sujo salafrário
que derrama feiúra em cima do vocabulário

os truta vive na disney fazendo rap teen
por isso o underground é maior que o mainstream

Tim Tim por Tim Tim
eternizando a caminhada
excitação de idéia
herege num entende nada

mente aberta bem completa
conclusiva e fraterna
a fama é passageira
a escrita é eterna!