Pataquero / Ânsia de Baile is a song in Portuguese
PATAQUERO
Tive notícia que no rancho do polaco
Tem um matungo veiaco de arrastar a cara no chão 2x
Só nego Mário que se agarra nos arreios
E se rodar eu meu boleio já de cabresto na mão 2x
Eu fui criado na estância do arvoredo
E pra domar tenho segredo que eu herdei do meu avô 2x
Quebro do queixo pra depois domar debaixo
E quando encilho quebro o cacho pra saberem quem eu sou 2x
Quando eu nasci quiseram me botar fora
Mas o tinido da espora é que me fez ressuscitar 2x
Com três mangaços e um grito no pé do ouvido
Eu me acordei sem um gemido e nem vontade de chorar 2x
Por isso eu vivo taureando com a judiaria
Mas nem bem clareia o dia já sei a lida de cor 2x
Faço do potro um amigo dos arreios
E se arrebentar pelo meio saio na parte maior 2x
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ÂNSIA DE BAILE
Na boca da noite meu pingo encilhado
É hora entonado rodeado o palanque
O mês inteirinho lidando na estância
E o clamor dessa ânsia não há quem estampe
Bombacha novinha comprei no bolicho
E dê-lhe capricho num banho de sanga
Sorriso na cara que a amada me estampa
Me vou pra bailanta campeando uma tianga
E dele que dele que trote galope
Meu pingo estradeiro conhece este taita
E na ânsia de baile de China alvoroço
Parece que ouço resmungo de gaita
E dele que dele que trote galope
Meu pingo estradeiro conhece este taita
E na ânsia de baile de China alvoroço
Parece que ouço resmungo de gaita
Na volta do cerro na beira do passo
Escuto compasso de gaita e pandeiro
Me apeio na frente do rancho barreado
E não fico assustado no olhar do porteiro
Já pago e já entro e meu lá pra copa meus olhos
Se topa no olhar da morena
E eu penso comigo e esta que aparto
E a noite por certo vai ser bem pequena
O Sol vem me olhar pelos fundos da quincha
Meu pingo relincha esperando por mim
Mas eu não me solto das mãos da morena
E o baile que pena chegando ao fim
Mas levo a esperança gravada no rosto
E o velho faz gosto e mandou convidar
Pra outro domingo firmar compromisso
Pois vai dar permisso pra nós namorar