De novo eu tô na estrada
Sozinho na madrugada
Meu rádio quebrado, farol só o direito
Batida do peito, vou eu e uma garrafa.

Confesso que bebi. Sim, bebi.
Bebi pra afogar, mas tive que fugir.
Pra longe de mim, o carro ta cheio de erros, receios
Mais perto do fim. Sinto o pedal da guitarra, não sinto o do freio.

To leve, não para.
Bem breve. Joe, sente essa brisa na cara.

Outro gole que rasga, sem gosto, eu gosto. Eu passo outro posto, minha estrada é meu caminho e meu final.
Não sou artista, sou pirata. Minha forca é minha gravata e eu trampo de social.

Refrão:

A minha cabeça é um hospício.
Um hospício sem doutores.
E quem tá aqui quer sacrifício.
Quem tá aqui não quer mais flores
2x

Meu problema é meu caminho, minto.
Meu problema é ir sozinho e sangrar vinho tinto.
O tanque cheio eu conto 5 litros.
De ML em ML pro IML e eu grito bingo.

Eu tô em perigo, por isso eu sigo rindo
O diabo não é meu vizinho, ele mora comigo.
Vai embora comigo, não folga domingo
Então, faz o sinal da cruz, apaga a luz e o acelerador cola no alumínio.

Eu tô sem ar no túnel.
Mais um pesadelo com o Joe Sujera de patrocínio.
A sentença assinada pelo próprio punho, é incêndio no ninho.

Sou o frio de julho, sou um mar de espinho
Quem quiser mergulha, esse é o meu caminho.
Sou o frio de julho, sou um mar de espinho
Esse é o fim do sonho, dê bom dia pro mundo.

Refrão:

A minha cabeça é um hospício.
Um hospício sem doutores.
E quem tá aqui quer sacrifício.
Quem tá aqui não quer mais flores
2x