Fogos de artifício comemoram um ano novo,
o começo de um sonho acredite não sou louco.
Quantas noites acordado sonhando com a emoção,
de subir naquele palco e cantar pra multidão,
Mas não,
pra ser mais um que se vende pela grana
que acha que rap é moda e almeja só a fã.
pois é o que mais vejo entre os becos e vielas,
os "manos" que ilude usando o nome da "favela"
É tanta merda, que as vezes sinto raiva em dizer, que alguns do que estouram nunca fez por merecer.
Parece uma farsa o rap não é mais um hino.
Eu tenho que fazer dançante para parecer um gringo.
Pois há os que não gosta e acha que é violento.
Mas no show do "gangstar" o "malandrão" bate no peito
parece preconceito mas seja como quiser,
em meio a tudo isso eu ainda estou de pé.
Firme e forte na missão RAP não é ilusão.
o violento pra você é o que vejo no mundão
Infelizmente eu queria tá rimando um romance,
mas aonde eu nasci morre um a cada instante.

Refrão:
O RAP tá no sangue e ainda sigo a velha escola,
pois desde cedo aprendi a expor minha revolta,
o som que treme o chão Eu não fiz na ilusão
de ganhar CD de ouro e aparecer no Faustão.
O RAP tá no sangue e ainda sigo a velha escola,
pois desde cedo aprendi a expor minha revolta,
o som que treme o chão Eu não fiz na ilusão
de ganhar CD de ouro e aparecer no Faustão.

Pois é aí maluco tem uma páh de crocodilo,
de olho na conquista querendo estar contigo.
Desfilando de carreta com os pano estribado.
pagando de artista por que tem CD gravado.
Se afogando na inveja tipo um abutre carniceiro,
pronto pra da o bote pra gastar o seu dinheiro,
no Píer 21 com as banda do Planalto filha de executivo, advogado, empresário.
Saí voado locão a verdade é diferente eu represento o gueto eu não me envolvo com essa gente
o que eu vejo por aqui eu não tiro da cabeça, filho que espanca o pai sem saber o que é bênção.
o que eu narro é violento
olhe para o seu redor.
esqueça por um segundo que você não está só,
e assim vai entender a verdade que te cerca e vai compreender o sentimento da "favela"

Refrão:
O RAP tá no sangue e ainda sigo a velha escola,
pois desde cedo aprendi a expor minha revolta,
o som que treme o chão Eu não fiz na ilusão
de ganhar CD de ouro e aparecer no Faustão.
O RAP tá no sangue e ainda sigo a velha escola,
pois desde cedo aprendi a expor minha revolta,
o som que treme o chão Eu não fiz na ilusão
de ganhar CD de ouro e aparecer no Faustão.

O compromisso é sério e pensei em desistir,
sair do movimento mas não tenho aonde ir.
E se na veia corre RAP no coração bate grave.
Eu continuo na missão pois eu nunca fui covarde.
Tô firmão realista me entenda se puder, o domínio está chegando seja o que Deus quiser.
No palco, na quebrada ou no seu "rádinho" a pilha
eu sou mais uma voz dentro da periferia.
quem diria? cresci curtindo o som do CÂMBIO NEGRO família GOG, CIRURGIA que bons tempos.
Hoje sou mais um em meio a multidão dividindo o que aprendi com uma páh de sangue bom
evitando que o sonho se transforme em pesadelo ao ver uma mãe chorando no dia do seu enterro.
e com certeza não vai ter um minuto de silêncio apenas mais um mano na terra do esquecimento.

Refrão:
O RAP tá no sangue e ainda sigo a velha escola,
pois desde cedo aprendi a expor minha revolta,
o som que treme o chão Eu não fiz na ilusão
de ganhar CD de ouro e aparecer no Faustão.
O RAP tá no sangue e ainda sigo a velha escola,
pois desde cedo aprendi a expor minha revolta,
o som que treme o chão Eu não fiz na ilusão
de ganhar CD de ouro e aparecer no Faustão.