Acordo e vejo que geral se foi
Solidão dói
Repenso minha vida a cada passo que eu dou

Só tive pensamentos que corroem
Ninguém pra dizer oi
Sempre acompanhado até chegar onde eu estou

E perdi tudo em um segundo
Parece o fim do mundo
Mas vivi outra chance pra descobrir quem eu sou

Agora eu só vago sem rumo
Com uma palha e um fumo
Que me lembram contos que minha mente apagou

E percebi que mal sabia eu o quanto eu tava bem
Pois o que resta hoje é só vontade de voltar
Se invertesse eu faria a falta na vida de alguém?
Ou seria só mais uma exemplo pra mostrar

Que só sonhar resolve nada
Caí nessa cilada
Em prantos, por quantos
não viram que era furada

Correndo atrás de um prêmio
Quase tão ilusório quanto o gênio
Que saiu esfregando a lâmpada errada

Efeito do excesso de sobriedade
Tipo achar que sei do certo esquecendo das mentiras
E de todas as histórias sobre a flor da idade
Pois tudo que um dia foi bom já foi tomado pela ira

Mais perdido do que nunca
E mais centrado do que antes
Menos pesos nas costas por viver sentindo medo
Nem reparei em quanto tempo foi,
Pra mim foram instantes
Quase como um piscar ou estralar de dedos

Nem sempre foi assim disso tenho certeza
Internamente vejo que já vivi diferente
Hoje sigo na contra mão da minha natureza
Pra nunca mais esquecer do que fiz quando eu tiver que me ver lá na frente

E depois do fim do mundo
Pensando no futuro
Lembro do passado já me vejo sorridente

Até lá me dou motivos
Para sentir orgulho
Pois já estou na meta de viver bem o presente

Pra poder dizer "que isso cara, como eu tô bem"

Pra poder dizer "que isso cara, como eu tô bem"