Ela veio tipo 7 cartas de um baralho,
E eu com uma no bolso pra apostar o meu salário
Me levou pra um canto escuro de uma caverna
Pegou minha mão e colocou na sua perna
E eu metendo um papo louco tipo um visionário
Cantando a liberdade preso num aquário
Seguia seus movimentos tipo uma serpente
A sua beleza era quase inconsequente
Fiz um juramento eu errei ali
Cai no esquecimento, quase sucumbi
A favor do vento, ventava bem forte
Vi gostas de paz, mais eu provei gosto de morte
E ela disse, calma filho,tira o dedo do gatilho
E eu minha Deusa eu nem sei aonde atiro
Eu nem sei se me escondo ou se miro
Só sei que essa arma pesa 15 quilos
E ela me cedeu um beijo, vi o meu desejo
Um futuro próximo e coisas que eu almejo, a faca e o queijo a noite era fria
E a lua no céu, negando tudo que eu fazia
Ei Ei, de repente tudo se apagou, foi perdendo cor
Atirei convicto mais ricocheteou
No peito um liquido que transbordava frio
E ela colocando tudo dentro de um barril
Escute o que eu falo, foi a pressa mano
Ela pichou meu sangue, por onde eu ando
Só pra me lembrar do fracasso da caverna
Só pra ilustrar que era ilusão a perna
E depois disso eu ando desorientado
Falei com a lua e ela disse eu sou culpado
Desci a rua sem saber se tinha freio
Matei meu amor cego, num tiroteio


Calma filho, tira o dedo do gatilho, nem sabe aonde mira
Pega a pagina e vira,
Bota a bola na forquilha
Calma filho, não sei porque tanta pressa
Só escute o que interessa
Corta a sena dessa peça, e vê por onde atravessa


Calma filho, tira o dedo do gatilho, nem sabe aonde mira
Pega a pagina e vira,
Bota a bola na forquilha
Calma filho, não sei porque tanta pressa
Só escute o que interessa
Vê por onde atravessa, e corta a sena dessa peça
Calma filho...