Antes de tudo, a poesia
A vida, a verdade e o verso
Onde tudo se encaixa
Os ritmos as vezes me causam arritmia
Aceleram meu peito, desaceleram meu leito
Podem me trazer o pão dependendo de como flua, de quem escuta
Afinal, mesmo que tudo seja sobre si, mesmo que a musica seja sobre si
Chega a ser engraçado, mas ao mesmo tempo
Nem tudo e sobre si
Nem tudo e sobre mim
Mas sinto que devo, depois de sete anos procurando um lugar pra desabafar
Entre a falta de oportunidade e a falta de confiança dos outros
Sinto que achei meu lugar, a musica
Da Rua A Casa, Agora Interna
Dracai, filho das sombras desconfiadas
Das ondas mais ritmadas, fortificadas
Natureza e quem me molda
A rua solda, mas também solta
Pra andar sozinho, foice não e nada
Ate por que se foi mais um, a vida e tudo
E antes de tudo, nos somos vida
Ainda procuro a teoria da paz
Já que a vida trouxe a do caos, mas
Algo me diz que ainda tem mais...

Acredite
Ate quando acreditarem em você
Ou ate quando só você acreditar em si
Insegurança, ansiedade
Pra que isso exista, depende da sinceridade
Que há em si, não seja o antes nem o depois
Não seja o futuro nem a antiga
Seja o agora, sinta o agora
Esse e meu mergulho nas cinzas
Igual Robert Bly
Esse e o encontro do Gabriel, do antigo Vini
E do atual Dracai
Eu sou arte, você e arte
E somos parte de um ciclo
Pequenas pedras de areia que completam a praia
Não seja preso num vidro que apelidaram de ampulheta
Seja livre, a vida e uma folha em branco
Nossa função e ser caneta
E quando necessário, pinte a folha de alguém
Assim como um dia pintarão a sua
Faca o que não fizeram por você
E se fizeram, faca o dobro
Quem um dia acendeu a lanterna pra iluminar a lua?
(Ninguém, ne)
Foram anos pra eu conseguir ter a oportuna
De gravar os anos que eu vivi dentro de um som
Antes de tudo, eu precisava falar sobre o que era antes de tudo.