Minha vida tá um caos
Meu quarto uma bagunça

Eu tentei te explicar, mas teu olhar me acusa
Eu dispersei minha culpa em busca de paz

Minha mente é um labirinto
E eu nem tento mais ser entendido

Nem tudo faz sentido...
Tanto tenho sentido, mas é pouco...

Vai me chama de “insensível”
Mas um louco perdido imerso nos próprios conflitos

Eu compus outro verso que é pra continuar vivo
É disso que eu preciso, reflito

Se todo império cai, Babilônico ou Assírio
Se o tempo sempre vai e o que sobra são seus filhos

Memórias em cristais, lembranças que são de vidro
Desses cacos me livro e sem olhar pra traz é que eu sigo

O presente eu persigo, pois o futuro é impreciso
Recordo o foi belo e enterro o resto num jazigo

O novo é o que eu espero
Pois com o velho eu me fadigo

Tanto pra dizer, mas palavras não satisfazem
Correria no dia a dia sem tempo pra ficar zen

Mas fica bem, ‘cê’ sabe que eu corro
Se eu não faço isso acho que eu morro

Tento me convencer, não é fácil
Mas seu olhar me fala coisas que eu não posso ver

Talvez seja ilusão esses momentos que criei
Me afundo na certeza daquilo que nunca sei

Vivo direcionado ao fim do anonimato eterno
E por questões de: ""Não posso dizer"" - Frases que não completo

Me pego questionando sobre ações do que era certo
Seria diferente talvez sendo mais direto

Divido bens de vida com quem não pode viver
Bem vindo ao meu mundo, onde não se pode ter

Me lido bem guardando coisas pra nunca dizer
Acumular no peito só pra depois esquecer

Estar eu não quis
Quase que eu perco a minha vida

Foi por um triz
Nunca encontrei uma saída

Tudo que fiz
O que mais dói é a despedida

Pra ser feliz
E não chorar na sua partida