Ao Santo Padre José de Anchieta is a song in Portuguese
Ao Santo Padre José de Anchieta
Falou a língua dos índios
Respeitou os símbolos, as crenças e as tradições
Enfrentou vagas revoltas dentro e fora do mar
E, pela sombra das ocas,
Tratou com zelo os enfermos
E encantou tudo que era bicho, gente ou flor
E a terra, por muitos, à vista
Conheceu seu primeiro cronista e compositor
Foi mestre nas redondilhas
No peito trazia a poesia que brota das hispanas Ilhas
Que é própria do belo
E que habita a mente dos predestinados
Para espalhar sementes
Nas veias o sangue de um nobre
A fibra guerreira do justo
Valente soldado carregando apenas as armas de fé
Que apaziguam, sincretizam credos
Reunindo as aldeias
Lá, bem de dentro do tempo,
Luzes iluminam os cenários das missões
E um Santo Padre a desbravar muitos rincões
Fazendo a literatura
Registrando as culturas e misturando as artes
Pra nós, curibocas, cafuzos, mulatos
Índios, Afros de toda etnia
Valeu teu exemplo de lida
Com lições de diplomacia
Beato e caraíba
Das Canárias pra Reritiba
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do que é ser Karaíba - (aportuguesado, caraíba) - Segundo o que consta no livro “Os índios nas cartas de Nóbrega e Anchieta” – Transcrito por Felipe Eduardo Moreau:
“Gambini (1988) lembra que, apesar do antagonismo, os jesuítas foram considerados pajés e karaíba pelos índios, que transferiram para a figura do missionário o mesmo senso de respeito e espanto. O Padre Antonio Pires (74) comentou sobre Luiz da Grã que: “fizeram-lhe um recebimento como costumavam fazer em outro tempo a seus feiticeiros”. Nóbrega (carta XIII) chegou a dizer que: “creem-nos como creem em seus feiticeiros” (75).