SOB O SOL
[caio.b]

Céu, demasiadamente azul
Doem os olhos, dor demais
Calor dos infernos, e cá estou
Com esta dor na alma!

Olhinhos, puros, sem esperança
Lotam velhos ônibus amarelos
Feito o riso da mestra

Feia, diz que a vida é bela
Má, ensina a benevolência
Quer moral, mas tão libertina

Diz que devemos O obedecer
Que devemos ser honrados
Pro depois, quando evanescer
CUIDADO COM O PECADO!
Cuidado, filhinho, cuidado...

Sozinho minha alma cansa 6
Quero colo
Inda sou criança
Neste astro tolo

Mas não me faça de bobo!

Vai...
Esvai ...
Em vaidade...
E inverdades...

Mate cada alma
Cada olhinho miúdo
Faiscando sob o céu
DE-MA-SI-A-DA-MEN-TE azul
Dói demais, querem luz
Sucumbem nas sombras
De suas falsas falas…
FEIA!