Sobrevivente is a song in Portuguese
Definição de vida tranquila
Não é só ter grana
É sair vivo, depois de bater de frente com os cana
Tá com a mente sem maldade
Não tem pra onde correr
As dez horas na pista
O filho chora e a mãe não vê
Com aperto no coração, coroa faz uma oração
Me entrega nas mãos do Pai pra que eu tenha proteção
""Deus de misericórdia, eu não sei o que aconteceu
Mas não deixe o ódio vim ferir um filho Teu""
Na espera de um milagre, prevalece a injustiça
Fora da favela jovens são ímã de polícia
Na pista o ritmo é outro
Não dá pra manter a calma
À noite, qualquer volume na cintura é arma
Um enquadro no meio do nada não é fácil de evitar
Se Deus deu asa a cobra, não dê sorte pro azar
Puxa meu nada-consta, caça meu antecedente
Vacilo é individual, nunca foi diferente
Pode falar o que for, não vão entrar na minha mente
Não me pegou no erro e ficou puto
Vão forjar meu delito, pra vê se saem no lucro
E ainda se confundem por não fazer parte do que tu defende
Desculpa se eu não tenho uma cromada que te ofende
Nos espelhos da vida já passei vários reflexos
Vendo várias covardias nos acessos do complexo
Humilhantes atitudes chegam à congelar a alma
Nem todo favelado é igual do conto de fardas!
Quem me protege não dorme
Quem me protege não dorme
Eu não vivo, eu sobrevivo
E não preciso de sorte
Quem me protege não dorme
Quem me protege não dorme
Eu não vivo, eu sobrevivo
E não preciso de sorte
Quem conta com a sorte, não sabe o que é realidade
Então deixa eu mostrar um pouco pra vocês sobre isso
Aham, aham, ó ó!
Mais um dia e eu tô vivo (Aleluia! Aleluia!)
Mais um dia batalhando porque a vida continua
Sem temer a ninguém, essa é a maior mentira
Porque estão nos matando, essa é a verdade nua e crua
Não posso arregar com o que tá acontecendo
Meu peito amargurado, os meus irmãos estão morrendo, é
Então escuta o que eu te digo
Porque ao ver desses doentes, ser preto é profissão perigo
Todo crime que cometem em nome da justiça
É uma pá de alma boa que parte pra outra vida, mas
Pá pá pá
Não é o Zaac nem a Anitta
Mais um se afogando no vermelho, e isso não é tinta porra!
Labirinto sem saída, as vezes é o que parece
Nesses conflitos sufocantes, faço uma prece
Deus, perdoe essas pessoas ruins
Mas as mande para o inferno para sofrerem o que eu sofri
O que sofro até hoje, o ódio que me alimenta
Tô disposto a vencer, então vê se não me atenta
Não é um jogo infantil, no qual uma dose esquenta
Mesmo falando as verdades, sofremos as consequências
E são severas, e sabemos que a morte é uma delas
E algumas vezes eu sobrevivi à ela
Honrando o sangue dos meus manos nessa terra
Sabendo que eu sou um produto da guerra
Essa é pros meus manos, pros meus manos
Atividade aqui só tem moleque insano!
Essa é pros meus manos, pros meus manos
Atividade aqui só tem moleque insano!
Essa é pros meus manos, pros meus manos
Atividade aqui só tem moleque insano!
Essa é pros meus manos, pros meus manos
Atividade aqui só tem moleque insano, porra!