DISPOSTO

Salto pegando
vendo um índio forcejando
Seja de a pé
Ou de a cavalo amadrinhando

Salto pegando
Vendo um índio forcejando
Que não tem coisa mais feia
Que “home”novo se queixando.

Não mato o pasto
Peonando nestas leoneira
Embreto, vacino e banho
Quando lido na mangueira

Nunca me nego
De porteira Ou de portão
Levo espora no meu pingo
E tô na alça do cambão

Jamais disparado
Sem olhar o que me assusta
Não me assombra caborteiro
Tira cosca é o que me gusta

Sempre disposto
Levo o corpo bem ligeiro
De mão no bolso não me pega
Pra ajudar um companheiro

Salto pegando
vendo um índio forcejando
Seja de apé
Ou de a cavalo amadrinhando,

Salto pegando
Vendo um índio forcejando
Que não tem coisa mais feia
Que home novo se queixando.

E se me mexo
Já levanto polvoadeira
Tô sempre com o pé liviano
Pro trabalho e pra vaneira.