Cotidiano complicado, só a caneta me entende
Quadro em branco eu tô pintando de preto
Eu não tenho o costume de quem se rende
Eu me questiono sobre oque é se render
Cês tão enredado, é claro que não entende
Sistema lixo, se tu não consome tu é consumido
Eu vejo, analiso
Falei de igualdade, eles diz comunismo
Eu preferi ser contraditório do que ter
Aquela velha opinião formada sobre tudo
Lógico que eu também mudo
Lógico que eu não sou surdo
Lógico que se eu tenho o poder da voz
Então não fico mudo
Betel na porra do bagulho
Tava num pião do louco, só maluco chucro
Ponto de encontro era os trilhos
De longe eu vejo o paisana encarando
Pensando, carai, quem é esse neguinho
Gingando de durag preta, camiseta lisa
Mó brisa, fazendo umas rima
Já sei que vai enquadrar, até tentar me fichar
Só que nunca vai achar
E eu vou ter que te falar, tá vendo as camêra lá?
Custa mais que um ford ka
E sua filha vive me perguntando quando eu vou lançar
Então se o cê der licença eu vou gravar
Mais um rap de preto
Mais um rap de protesto
Mais um rap controverso
Mais um rap de preto, ó
Velho demais pro mais novo
Eu sou novo demais pro mais velho
Louco demais, tô confundindo sábios
Acham que sabem de tudo, é sério
Aquieta seu facho e respeita meu faixa
Zaga do vale deixa passar nada
Eu descobri que além de ser um anjo
Eu tenho cinco inimigos
De astra, blazer, moto
De bike, a pé, eu não mosco
De astra,blazer, moto
De bike, a pé, eu não mosco
Eu descobri que além de ser um anjo
Eu tenho cinco inimigos
De astra, blazer, moto
De bike, a pé, eu não mosco
De astra,blazer, moto
De bike, a pé, eu não mosco
Pra me enxergar só de binóculo
Tipo profeta no tabernáculo
Eu to pelo show, tô pelo espetáculo
Alvo de injeva, eu não perco meu foco
Ela foca no preto de audi
No porta-luvas tem um bloco
Doida pra jogar no baile
Mas não me confunda
Louco não é loki