Ecoam meus passos nas escadas do prédio
Vibrando as medianeiras e os vitrais
apoteótico e desproposital
Conservo meus princípios em formol
Prendo ao vento
Meus lenços no varal carregam
além do peso, o meu suor
cintilando em noites públicas,
sento praça e arsenal
Remour:

Essa noite durmo tranquilaço
Gorjeando-me segredos sujos
Como um corvo no ombro
de um poeta
Como um anjo no ombro de uma puta
Metamorfo, sempre mudo,
metas frigidas, ratos imundos
Moribundos
Sempre esperando um agrado, obtusos

Quando o banquete está posto
e os lugares são poucos
Os ratos esperam as migalhas no chão
Como bençãos que vem do céu
Qualquer gota é um rio
qualquer sopro é um alivio
Partilham rotas, mágoas, sobras
Do piso imundo se dobra
Insalubre. É o fim
Lifestyle que não me apetece ,não me resume, não me veste

Pela manhã sinto me purificado
Todo esse amargo cês guardam aonde?
Se ta frustrado a a culpa é sua,
buscando sonhos no peito do outro
Do outro, otário
Fala rasa, ontem mesmo eu vi teus planos, todos falsos
Frouxos
Que saco
És mais do mesmo

Há dois moleques, dois moleques
Não é normal se abalarem com traçante em vez de estrela
Há dois moleques, dois moleques
Sentido ao campo...
Há dois moleques, dois moleques
Não é normal se abalarem com traçante em vez de estrela
Há dois moleques, dois moleques
Sentido ao campo...
Há dois moleques, dois moleques