Talvez não existam balas perdidas, pensando nisso eu quase piro
polícia racista e Aécio neves por coincidência são bons de tiro
r.a.p e não CDP, bloco de nota e caneta pencil
foram minha escolha só pra vingar cada preto que foi morto em silêncio!

minha auto estima trampa em dois turno, roubo a cena sendo um bom moço
mereço ter ouro no meu pescoço, mas só que meu medo é ganhar um coturno
morando só e falando sozinho, tem dia que o crime parece um imã
me puxa só que esse magnetismo eu quebro sempre que mando uma rima

bang bang, aperto gatilho ou aperto play?
policia ou Covid quem mata mais? por onde anda a paz que eu nem sei?
luxo pra mim é abraçar meus pais, família preta é grupo de risco
a cada sonho em que morro velho vem a realidade e me da um belisco

Quem lembra de mim da 8a. série, achou que eu seria um Serial Killer
mas ouvindo Thriller desde moleque me fez viver mais do que o Mac Miller
Deus que me livre de morrer jovem, eu já quis ser branco quando pivete
hoje me orgulho de ser mais um preto que nem no aperto apertou 17!

Bang, Bang, Bang, Bang

Vendi meus sonhos por quase nada
fudí demônios no quarto e sala
de corpo fechado, com 4 janelas pra pula na bala das crias de casa

cada peito é uma cela filho
uma tarde de tiro por Tel Aviv
em meio aos escombros meus manos firmes
grades feitas por homens livres

eu troco tiros como Tarantino
cada take joga um Red Apple
no encanto da boca desses menino
transformando dor em Mix-tape

o Karma da rua Crime-Castigo
nas esquina onde os Cop teca
meus manos peçado, pecando pensado
que matar rival é o premio da guerra

oh Bang Bang
rosário de Mãe era um Requiem
a dor tem a cor das manhãs e meu bairro não teme ninguém

as ruas tem nome de santo
prantos soam como blues man
sangue banhando essa rua e eu
juro mãe que eu to em casa cedo...

Bang Bang Bang Bang