Em cada canto do brasil, nasceu um quilombola
Um entre tantos, nasceu aqui pra ser feliz
Afinar o tambor no calor da fogueira
Dançar o Zambê e saber da história

E foi crescendo, ficando na memória
Da alma do país, passar pro filho o que aprendi
Dançar o Zambê e saber da história
Afinar o tambor no calor da fogueira

Quilombola, Sibaúma
Sou guerreiro, negro, sou guerreiro
E para o mar além, no mar revolto, amém
Sobreviveram os guerreiros, os negros guerreiros

Capoeira sou eu, negro do riacho
Zona da mata, manguezal, do sertão ao litoral

Liberdade pros negros, igualdade no mundo
Faz o elo da paz, Brasil pais do refúgio
Se é quilombo é favela, periferia é gueto
Com pouco dinheiro convive branco e preto
Viva mestre Bastinha, sou de Angola regional
Na serra da barriga, Pernambuco é litoral
Iemanjá se tornou rainha dos 7 mares
E o guerreiro da história, Zumbi dos Palmares

Saudações indígenas, negras e ciganas
Quanto vale o sangue no chicote e o futuro das crianças?
Brasil mão pra cima cala a boca e não se mexe
É a revolta de Ogum, Quilombola do Nordeste

Liberdade é riqueza, pra mim e pra você
Que a história do Brasil seja a mesma de Irê