Ando muito complicado, mas tenho que me explicar
Através deste xote eu quero justificar
Tô devendo umas “conta”, mas tudo quero pagar
Pra este povo ingrato largar mão de me cobrar
Já fiz todo o balanço e as conta a gente já fez
Vai me sobrar uns trocos no finalzinho do mês
Mandar este recado pra aqueles que eu sou freguês
Sou sincero e correto, é só ficarem bem quietos que eu acerto o de vocês.

O povo da minha cidade são uns baita linguarudo
Eles andam dizendo que eu “to” devendo por tudo (Bis)

Devo a prestação da casa, o telefone “ta” atrasado
Devo no supermercado também na pastelaria
Lá na confeitaria eu devo 6 quilos de bolo
Eu só encontro consolo é nos braços da minha guria
“Tô devendo pro alfaiate, o feitio de uma bombacha
No boteco eu tô devendo 9 copos de cachaça
No posto de gasolina eu não posso assinar nota
Lá na sapataria eu devo 4 “par” de “bota”.

O povo da minha cidade são uns baita linguarudo
Eles andam dizendo que eu “to” devendo por tudo (Bis)

Tô devendo pro açougueiro, também na papelaria
Na farmácia tô devendo remédio contra azia
Na lanchonete da esquina eu devo 2 x-salada
Que eu levei uma abençoada pra comer de meio-dia
Tô devendo na oficina o conserto do caminhão
Tô devendo uma nota em materiais de construção
Devo pro advogado, que me tirou da prisão
No 1,99 tô devendo uma porção.

O povo da minha cidade são uns baita linguarudo
Eles andam dizendo que eu “to” devendo por tudo (Bis)

Tô devendo outras contas, mas não nego a ninguém
Essas são contas mais “nova”, vão vencer no mês que vem
Agora tô empregado tô ganhando muito bem
Pode ficar sossegado que eu acerto o teu também
Já mandei o recado pro povo da minha cidade
Agora tô mais tranquilo, cheio de felicidade
O meu rancho é pequeno, chegue e se sinta a vontade
Se eu não puder acertar tudo, acerto ao menos a metade.

O povo da minha cidade são uns baita linguarudo
Eles andam dizendo que eu “to” devendo por tudo (Bis)