Quando o Sol Se For is a song in Portuguese
Já passa das dez, dores nos pés
E eu rabiscando papéis pra não perder o foco
Em minha caligrafia me sufoco, dores infiéis
Duelam com as linhas de Ferréz ao lado do meu copo
Banhado em cafeína e sangue à meia noite
Cabeça luta pra dormir, pra não lembrar do açoite
e corre
Dia morre, escorrem lágrimas em tom bordô
Pra lavar a dor que nasce quando nasce a noite
Tentando me lembrar de onde vim e quem sou
Vida só é vida quando escrita por extenso
É tenso, versos me resgatam enquanto penso
Escrevo contos sobre folhas que caem e o clima é denso
Uma vida inteira pra falar de morte
Tentando não morrer, porque a vida é sorte
Corte pra próxima cena, marcando quem encena
Tempo é leve como pena, mas o filme é pra quem é forte
Todo dia é um apocalipse
Pergunta ao passageiro ou cobrador. Catracas dividindo a dor
Ideias me perseguem o dia inteiro
Tentei dormir, mas pensamentos são pesados pro meu
travesseiro
Quando o Sol se for,
Traga-me a esperança que ilumine a dor e mais
Pinte-me tua cor,
Como um arco íris pinta o céu e traz paz
Hoje eu liguei pra dizer que eu não vou voltar
Eu não vou sair daqui
O seu mundo de ilusões não me serve mais
Não não
Enquanto escrevo, sento, penso
Acendo um incenso e vou
Veneno no meu copo e o foco é assassinar
O que já não me traz paz
São idas e vindas de vidas sofridas
São cenas e sinas, dilemas, mandingas
[...]
Lei que rege o dia a dia de pobres mortais
Em full time por trás de portais
A buscar em ""postagens""
Qualquer sentido pra vida
É tenso, preciso ser intenso
Mas só sendo hipertenso pra engolir uma vida sem sal
Convenço que nessa aqui eu venço
E a dor que eu condenso me ajuda a destruir o cansaço
Em claro me refaço, beirando o colápso
De traço em traço recubro os lapsos
Aperto o laço pra não ser relapso
Faço o que faço se o destino é laço
No encalço de compor outro clássico
Clássico
Quando o Sol se for,
Traga-me a esperança que ilumine a dor e mais
Pinte-me tua cor,
Como um arco íris pinta o céu e traz paz