O equilíbrio, tudo é uma questão de equilíbrio
Encontrar o equilíbrio acima do vazio
Minha cabeça dói, meu cérebro fuma de raiva e minha cabeça dói
Muito frágil, o equilíbrio se quebra nas mãos dos homens
A dançar na corda como funâmbulos
O despertador toca, o bípede tem dificuldade em digerir a maçã

Reconheço loucos num parlamento
Reconheço a falta de discernimento
Reconheço o humano em suas renúncias
Vocês conhecerão o cheiro desses castigos
A Terra não alimenta mais os homens em seu seio
A mãe não sorri mais com um amor sem fim
Aplaudir todos os bancos para incensá-los
No entanto, o futuro está parado para as pessoas sensatas
Reconheço as chamas dos abusos passados
Sim, reconheço as lágrimas do pecado sagrado
O dia ainda está vermelho sobre nossas condenações
Nossas bochechas ainda são virgens da pós-sanção
Perdi todos os meus irmãos em sua complacência
A política se alimenta de sua lealdade
Reconheço os meus quando a fúria cai
Os bandidos se libertam no jogo das sombras, sombrias

Reconheço minhas marcas no meu corpo, o peso das minhas ausências diante do ouro
Vou sozinho, sozinho, sozinho na calma
Sufocar essas pulsões que brincam com minha alma
Ouço o diabo gritar quando durmo
Vejo todas as falhas quando saio
Ofegante, eu afundei, derramei todas as minhas lágrimas

Reconheço a forma do medo em marcha
Reconheço as armas de nossos oligarcas
Agitar os extremos como uma evidência
E fazer desenhar nossos ecos de sua arrogância, está feito
Reconheço a esquiva e as falsas aparências
Conheço os desvios desses homens brancos
Reconheço o absurdo do nosso ocidente
Esvaziar todos os subsolos até a exaustão
O mercado sem rosto nos corrompeu
O mal nos encara, um medo desconhecido
Reconheço o sangue em nossas lápides
Sim, reconheço as lágrimas do grande capital
O ventre ainda está quente da besta imunda
A profecia absurda do grande Paris Mundo
Abandono o microfone para meus pensamentos sombrios
Sim, abandono o microfone para meus pensamentos sombrios (pensamentos sombrios, pensamentos sombrios)

Reconheço minhas marcas no meu corpo, o peso das minhas ausências diante do ouro
Reconheço minhas marcas no meu corpo, o peso das minhas ausências diante do ouro
Passarei meu futuro a reparar as coisas
Passarei anos a tratar minhas neuroses
Minha cabeça dói
Meu cérebro fuma de raiva e minha cabeça dói

Muito frágil, o equilíbrio se quebra nas mãos dos homens
A dançar na corda como funâmbulos
O despertador toca, o bípede tem dificuldade em digerir a maçã
Muito frágil, o equilíbrio se quebra nas mãos dos homens
A dançar na corda
Minha cabeça dói, meu cérebro fuma de raiva e minha cabeça dói

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